27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1522-1


Poster (Painel)
1522-1INCIDÊNCIA DE BACILOS GRAM NEGATIVOS ISOLADOS DA CORRENTE SANGUÍNEA E SUA CORRELAÇÃO COM A MORTALIDADE
Autores:KANAOKA DA SILVA, E.C. (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; SALLES, F.R.P. (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; BAGGIO. L.M. (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; ENOKIDA, M.T. (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; PIETRZACKA, K.K. (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; CARRARA-MARRONI (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; STIPP (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; PERUGINI,M.R.E. (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; PELISSON, M. (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; VESPERO,E.C. (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; QUESADA, R.M.B. (UEL - Universidade Estadual de Londrina)

Resumo

Um dos problemas da saúde pública, na atualidade, é a escassez de alternativas terapêuticas para combater infecções por bactérias multirresistentes. Essas infecções se correlacionam às elevadas taxas de morbidade e mortalidade. Dentre os bacilos gram negativos (BGN), Pseudomonas, Acinetobacter e Klebsiella são os gêneros de maior relevância, sendo os mais isolados em laboratórios de microbiologia e que frequentemente demonstram resistência, intrínseca e adquirida, às várias classes de antimicrobianos. Com o uso intensivo, a seleção e a disseminação de bactérias resistentes aos antimicrobianos carbapenêmicos, meropenem e imipenem, se tornaram fato comum a muitas instituições hospitalares. Nesse contexto, este trabalho teve como objetivo avaliar a densidade de incidência de BGN em infecções da corrente sanguínea hospitalares por 1.000 pacientes dia, sua resistência aos carbapenêmicos (CR), e a correlação destas com o desfecho da internação no Hospital Universitário de Londrina, entre 2008 e 2012. A análise foi realizada a partir do banco de dados dos resultados de culturas do Laboratório de Microbiologia Clínica do HU e prontuários eletrônicos. Neste estudo não foram avaliadas as comorbidades e os demais fatores de risco para o óbito. No período, 555 BGN foram isolados da corrente sanguínea, com densidade de incidência de 0.76 em 2008 (63 isolados); 0.96 em 2009 (84); 1.62 em 2010 (140); 1.85 em 2011 (162) e 1.23 em 2012 (106 isolados). Em todo o período, a CR foi detectada em 134 BGN (24.14%), com 17,46% dos isolados em 2008, 14,28% em 2009, 46,66% em 2010, 20.37% em 2011 e 33.96% em 2012. A densidade de incidência de óbitos na internação foi de 0.77 no período, com 334 (60,18%) dos pacientes com ICS e desfecho negativo. O estudo demonstra relação entre óbito e resistência [OR:5.44 (IC95% ±0,0759)], onde a CR e o óbito puderam ser correlacionados em 72.04% dos pacientes com isolamento de A. baumannii, 20.96% de P. aeruginosa e 16.55% de K. pneumoniae. Os dados indicam uma forte correlação entre incidência de ICS hospitalar por BGN, resistência aos carbapenêmicos e mortalidade.