27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1501-2


Poster (Painel)
1501-2Estratégias de controle da leptospirose em bovinos naturalmente infectados pelo serovar Hardjo
Autores:Martins, G. (UFF - Universidade Federal Fluminense) ; Loureiro, A.P. (UFF - Universidade Federal Fluminense) ; Pinto, P. (UFF - Universidade Federal Fluminense) ; Narduche, L. (UFF - Universidade Federal Fluminense) ; Hamond, C. (UFF - Universidade Federal Fluminense) ; Penna, B (UFF - Universidade Federal Fluminense) ; Medeiros, M.A. (FIOCRUZ - Fundação Instituto Oswaldo Cruz) ; Oliveira, C. (EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) ; Lilenbaum, W. (UFF - Universidade Federal Fluminense)

Resumo

A leptospirose é uma doença infectocontagiosa determinada por bactérias do gênero Leptospira sp. Uma vez introduzida em um rebanho, esta infecção pode persistir por longos períodos, determinando importantes prejuízos econômicos. O controle da leptospirose é complexo, envolvendo a identificação das fontes de infecção, tratamento dos infectados e a imunização sistemática dos susceptíveis. O objetivo deste estudo foi avaliar diferentes tipos de protocolos de controle da leptospirose bovina por meio de PCR. Foram estudados 60 bovinos da raça girolando de um rebanho endêmico para leptospirose (PCR + de urina 50%). Estes animais foram divididos igualmente em três grupos. Foram feitas coletas semanais de amostras de urina e destas foi realizado o diagnóstico molecular (PCR). No Grupo 1 foi feita a vacinação (bacterina) (D0) previamente ao tratamento (estreptomicina) (D10). Já no Grupo 2 o tratamento foi realizado (D0) previamente à vacinação (D10). Por último, o Grupo 3 (controle) não sofreu foi tratado ou vacinado. Os três grupos se mantiveram separados e foram observados durante 28 dias. Foi observada uma redução no estado de portador renal nos animais dos grupos 1 (100 %) e 2 (50%). No entanto, o Grupo 1 foi o único que obteve, após D14, eliminação total de animais portadores, mantendo este estado até o fim do estudo. No grupo 3 houve uma pequena diminuição de animais portadores (25%). Em ambientes tropicais é elevada a exposição dos hospedeiros ao agente infeccioso. Neste cenário, a redução da carga bacteriana, por meio da antibióticoterapia (prévia à vacinação), reduz os títulos de anticorpos protetores endógenos, permitindo a recorrência da infecção leptospírica. Assim, baseado nos achados do presente estudo, é sugerida que a vacinação sistemática seja precedida em ao menos 15 dias a antibióticoterapia