27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1484-1


Poster (Painel)
1484-1Inibição de atividade proteolítica por óleos essenciais de Lippia alba (Miller) N.E. Brown
Autores:Costa, D.C.M. (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; Blank, A.F. (UFS - Universidade Federal de Sergipe) ; Alviano, C.S. (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; Alviano, D.S. (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro)

Resumo

Lippia alba (Miller) N.E.Brown é uma planta aromática conhecida como "Erva-cidreira-do-campo”. Esta espécie ocorre em praticamente todas as regiões do Brasil e tem uma grande importância na medicina popular, sendo utilizado como expectorante, no tratamento de constipações, gripe, contra hipertensão. Sua ampla utilização pode ser explicada, em parte, pelos constituintes voláteis bioativos. Além disso, esta espécie é caracterizada por uma variabilidade na composição química do óleo essencial. Substâncias como limoneno, carvona, citral, mirceno, são frequentemente encontrados em óleos essenciais da planta. Nesse contexto, o presente estudo avaliou o potencial antimicrobiano de óleos essenciais (OEs) de seis diferentes acessos de L.alba, contra microrganismos patogênicos e seus fatores de virulência, como inibição da atividade proteolítica, fosfolipásica e esterásica. A análise fitoquímica permitiu concluir que os OEs dos seis acessos de L.alba se dividem em 03 quimiotipos: citral, linalol e limoneno-carvona. Os resultados dos testes de atividade antimicrobiana dos OEs mostraram que fungos como Candida albicans e Cryptococcus neoformans apresentaram uma significativa sensibilidade a tais OEs, já que dois dos acessos apresentaram atividade inibitória para C. neoformans e um terceiro acesso foi mais ativo contra C. albicans. Para determinar um possível alvo de atividade antifúngica, foram realizados ensaios de inibição de atividade proteolítica, através do método descrito por Buroker-Kilgore e Wang (1993). Os resultados mostraram que OEs de L.alba apresentaram inibição da atividade proteolítica de C. albicans e C. neoformans, principalmente das classes serina e aspártico. Nos ensaios de inibição de esterases e fosfolipases, todos os acessos foram eficazes inibindo substancialmente pelo menos uma dessas classes enzimáticas. Assim, os resultados mostram a ação antifúngica dos OEs, sugerindo que mais pesquisas são necessárias para considerar os OEs de L.alba como alternativas para uma nova e eficaz terapia antimicrobiana . Suporte financeiro: CNPq e FAPERJ.