27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1480-1


Poster (Painel)
1480-1PREVALÊNCIA DE ENTEROBACTÉRIAS PRODUTORAS DE CARBAPENEMASE EM HOSPIATIS DE SALVADOR, BAHIA.
Autores:Menezes, A. P. O. (CPGM - Centro de Pesquisa Gonçalo MonizUESB - Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia) ; LOBO, M. M. (UFBA - Universidade Federal da Bahia) ; Barberino, M. G. (CPGM - Centro de Pesquisa Gonçalo MonizUFBA - Universidade Federal da Bahia) ; Reis, J. N. (CPGM - Centro de Pesquisa Gonçalo MonizUFBA - Universidade Federal da Bahia)

Resumo

Introdução: As enterobactérias são importantes causas de infecção hospitalar. O surgimento e a disseminação de cepas produtoras de ESBL têm como conseqüência o aumento do uso dos carbapenens, contribuindo para o aumento da resistência a estes antimicrobianos. Isolados de K. pneumoniae produtores de carbapenemase tipo KPC foi primeiro descrito nos Estados Unidos e em seguida em outros países. Objetivo: Verificar a prevalência de enterobactérias produtoras de carbapenemase tipo KPC em hospitais na cidade de Salvador, Bahia. Materiais e Métodos: Isolados de enterobactérias resistentes aos carbapenens, provenientes de pacientes internados em três hospitais, foram submetidos aos testes fenotípicos (Hodge modificado e ácido fenilborônico) para detecção de carbapenemase e a reação de polimerase em cadeia (PCR) para a detecção do gene blaKPC. As cepas ATCC 1705 e ATCC 1706 foram utilizadas como controle positivo e negativo, respectivamente. Resultados: No período de 2010 a 2011, foram identificados 34 pacientes com infecção por enterobactérias resistentes aos carbapenens. A média de idade foi 66 anos e 64,5% (20/31) eram do sexo masculino. Os sítios de isolamento foram: ponta de cateter (6/29), secreção traqueal (6/29), secreção de feridas e abcessos (4/29), urocultura (4/29), hemocultura (3/29) e swabs de orofaringe e perianal (4/29). Entre os isolados estudados, 69,4% eram K. pneumoniae, 25% E. cloacae, 2,7% Citrobacter sp e 2,7% E. coli. Os métodos fenotípicos identificaram uma prevalência de carbapenemase tipo KPC de 67,6% (25/37) enquanto a PCR identificou o gene em 70,4% (19/27) dos isolados, sendo 100% (11/11) KPC-2. A sensibilidade e especificidade dos testes fenotípicos quando comparado com a PCR foi similar; sensibilidade de 68,4% e especificidade de 62,5%. A concordância entre os testes fenotípicos foi de 89%. Conclusão: Os dados demonstram uma mudança no perfil de resistência da família Enterobacteriaceae e sua prevalência nos hospitais de Salvador, devido à presença de carbapenemase tipo KPC-2. Portanto, é importante manter seu rastreamento em isolados de enterobactérias com sensibilidade reduzida um ou mais carbapenêmicos e as cefalosporinas de espectro estendido. Os testes fenotípicos devem ser incorporados na rotina dos laboratórios para auxiliar o diagnóstico, mas são necessários mais estudos para estabelecer maior sensibilidade e melhor confiabilidade destes testes.