27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1475-1


Poster (Painel)
1475-1Atividade antimicrobiana in vitro de óleos essenciais frente a fitopatógenos em frutas pós-colheita
Autores:Careli, R. T. (UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais) ; Soares, N. F. F. (UFV - Universidade Federal de Viçosa) ; MEDEIROS, E. A. A. (UFV - Universidade Federal de Viçosa) ; Vitor, D. M. (UFV - Universidade Federal de Viçosa) ; Lamas, M. L. (UFV - Universidade Federal de Viçosa)

Resumo

A produção de frutas com qualidade envolve toda a cadeia produtiva e os cuidados para obtenção da matéria-prima são essenciais. Na produção, técnicas como ensacamento de frutos em campo representam uma alternativa no controle de pragas, ataque de pássaros sendo uma barreira física a mais contra micro-organismos. Os óleos essenciais (OEs) são fontes ricas de pequenos compostos terpenóides e fenólicos que são responsáveis pela maior atividade antimicrobiana. Objetivou-se avaliar a atividade antibacteriana e antifúngica de óleos essenciais sobre micro-organismos fitopatogênicos visando sua utilização na conservação pós-colheita de frutas. Foram utilizados OEs de gengibre, funcho doce, canela, mistura de canela e cinamaldeído, capim limão e orégano. Para avaliar a eficiência antimicrobiana dos OE foram utilizados micro-organismos causadores de doenças pré e pós colheita de frutas nos testes in vitro: Xanthomonas axonopodis pv. anacardii, Lasiodiplodia theobromae, Dothiorella dominicana, Alternaria alternata e Mycosphaerella caricae (Speg.) Maublanc. A atividade in vitro dos OE sobre a estirpe bacteriana foi determinada segundo metologia proposta por NCCLS. A sensibilidade dos fitopatógenos aos OE foi determinada mediante a técnica de difusão em ágar. A atividade dos OE foi avaliada a partir da determinação do diâmetro do halo de inibição formado ao redor do disco de papel de filtro. Os resultados da atividade in vitro demonstram a sensibilidade das diferentes estirpes de micro-organismos frente aos OE testados. Os maiores diâmetros de halos foram obtidos quando se avaliaram os OE de capim limão e de orégano (p<0,05). O crescimento micelial de A. alternata foi totalmente inibido pelo OE de capim limão. Essa inibição microbiana total também ocorreu quando se avaliou o OE de orégano sobre o crescimento de L. theobromae e A. alternata. Não foi observada diferença (p < 0,05) entre os valores de diâmetro de halos de inibição quando os OE de canela e da mistura de canela e cinamaldeído foram testados. Observou-se que L. theobromae, A. alternata e M. caricae não apresentaram halo de inibição quando os OE de gengibre e funcho foram testados. Embora a efetividade dos OEs dependa do micro-organismo alvo, os resultados apresentados neste trabalho sugerem que a atividade destes compostos pode ser uma ferramenta útil como método alternativo ao uso de bactericidas e fungicidas para o controle de doenças pós-colheita causadas por estes micro-organismos.