27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1473-1


Poster (Painel)
1473-1PRODUÇÃO DE BIOFILME POR Staphylococcus sp. ISOLADOS DE UMA LINHA DE PRODUÇÃO DE LEITE BOVINO E QUEIJO
Autores:BUZI, K.A. (UNICENTRO - Universidade Estadual do Centro oeste) ; PERES, J.A. (UNICENTRO - Universidade Estadual do Centro oeste) ; LEAO, G.F.M (UNICENTRO - Universidade Estadual do Centro oeste) ; FIGUEIRA, D.N. (UNICENTRO - Universidade Estadual do Centro oeste) ; GALVAO, J.A. (UNESP - Universidade Estadual Paulista) ; PINTO, J.P.A.N. (UNESP - Universidade Estadual Paulista)

Resumo

Introdução Biofilme é um agregado de micro-organismos, aderidos a uma superfície sólida e embebidos em uma matriz polimérica, o que os torna mais resistentes contra antibióticos e sanitizantes. Um dos principais micro-organismos que se destacam por sua potencial capacidade de formar biofilmes é o Staphylococcus. O objetivo do trabalho foi avaliar diferentes espécies de Staphylococcus com vistas à produção de biofilmes em placas. Materiais e métodos Usou-se 262 cepas de Staphylococcus, isoladas de uma linha de produção de leite bovino e queijo, de diferentes espécies, sendo 44 coagulase positiva (SCP) e 218 coagulase negativa (SCN). Cada cepa foi transferida para o BHI e incubada a 37ºC/24 horas. Após o ajuste da amostra a uma concentração de aproximadamente 108 UFC/mL (escala 0,5 de MacFarland), 200 µL dessa suspensão foram inoculados, em triplicata, numa microplaca de poliestireno estéril com 96 poços. As cepas de S. aureus foram incubadas a 37ºC/48 horas e os SCN e demais SCP por 72 horas. Após esse período, os poços foram lavados com Tampão Fosfato Salina (PBS, pH 7,2), secos à temperatura ambiente e corados com cristal violeta 1%, por 15 minutos. Depois de lavar a placa com água destilada e deixá-la secar, a absorbância foi mensurada à 550 nm num leitor de placas ELISA. Poços não inoculados e com BHI, serviram como branco. Cepas com valores maiores que 0,1 foram consideradas produtoras de biofilme. Discussão dos resultados Observou-se que 33 (12,6%) cepas mostraram-se positivas para a produção de biofilme em microplacas. Para alguns autores, esse fator de virulência é muito comum entre os SCN, principalmente em S. epidermidis. Para outros, a espécie mais comum na formação de biofilmes é o S. aureus. Entre os SCP, a espécie com maiores valores para a produção de biofilme foi o S. pseudointermedius (27,3%). Diferente do que cita a literatura, das 4 amostras de S. aureus, somente 1 (4,8%) produziu biofilme. Já entre os SCN, o S. saprophyticus foi a espécie que apresentou maiores valores para a produção de biofilme (23,4%), seguido do S. xylosus (23,3%). Embora o S. epidermidis seja uma das espécies que mais produz biofilme, no presente trabalho nenhuma cepa foi produtora. Conclusão Através deste estudo, pôde-se constatar que tanto SCP quanto SCN são capazes de produzir biofilme para se proteger. Entre as diferentes espécies, o S. pseudointermedius (SCP) foi a maior produtora de biofilme, ultrapassando os valores obtidos para S. aureus e S. epidermidis.