27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1468-1


Poster (Painel)
1468-1PERFIL DE SUSCEPTIBILIDADE DE Klebsiella pneumoniae EM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE MATO GROSSO DO SUL
Autores:Campos, C.C. (UFMS - Universidade Federal do Mato Grosso do Sul) ; Lima, C.S.M. (UFMS - Universidade Federal do Mato Grosso do Sul) ; Lopes, F.A. (UFMS - Universidade Federal do Mato Grosso do Sul) ; Carvalho, N.C.P. (UFMS - Universidade Federal do Mato Grosso do Sul) ; Watanabe, A.C. (UFMS - Universidade Federal do Mato Grosso do Sul) ; Chang, M.R. (UFMS - Universidade Federal do Mato Grosso do Sul)

Resumo

Introdução: A emergência de microrganismos multiresistentes tem sido considerada um importante problema de Saúde Pública. A pressão seletiva ocasionada pelo uso de antimicrobianos pode ser um fator predisponente, sobretudo se este for inadequado. Entre as bactérias que mais rapidamente desenvolvem mecanismos de resistência destacamos Klebsiella pneumoniae. Avaliar o seu perfil de susceptibilidade é o objetivo deste trabalho. Materiais e métodos: Foram incluídas no estudo K. pneumoniae isoladas pelo Laboratório de Microbiologia do Hospital Universitário/UFMS no período de janeiro de 2012 a junho de 2013. A identificação bacteriana e a concentração inibitória mínima (CIM) dos antimicrobianos foram realizadas pelo sistema automatizado Vitek2® e a produção de carbapenemase pelo Teste de Hodge Modificado (THM), segundo recomendações do CLSI (2012). Na análise de dados foi considerado apenas um isolado por paciente. Discussão dos resultados: No período do estudo, foram solicitadas 18.699 culturas e a positividade foi de 25,2%. Entre as positivas, 373 (7,9%) isolados eram K. pneumoniae. Os sítios de isolamento foram urina (251/67,3%), secreções (66/17,3%), sangue (37/9,9%), ponta de cateter (9/2,8%), líquido peritonial (6/1,6%), escarro (3/0,8%) e aspirado de medula óssea (1/0,3%). Considerando as limitações da metodologia automatizada Vitek2®, os isolados resistentes ao ertapenem totalizaram 28,2%, ao imipenem 22,0% e ao meropenem 21,7%. Dentre os isolados com suspeita de produção de carbapenemase, 83 (78,9%) amostras apresentaram THM positivo. A resistência in vitro a colistina foi observada em 11,5% e à amicacina em 2,4% dos isolados. A utilização intensa de antimicrobianos, comum nas unidades críticas hospitalares, facilita a emergência e disseminação de bactérias resistentes. Os carbapenêmicos são considerados primeira escolha no tratamento de infecções por bactérias gram negativas multiresistentes e quando resistentes, restam poucas alternativas terapêuticas incluindo colistina e amicacina. Muitos dos isolados resistentes aos carbapenêmicos mantém sensibilidade in vitro apenas à amicacina que, embora a utilização em monoterapia seja controversa, é utilizada isolada ou em associação com meropenem e/ou colistina. Conclusão: O aumento da resistência aos carbapenêmicos denota um panorama crítico no tocante à antibioticoterapia, uma vez que as opções terapêuticas tornam-se limitadíssimas, sugerindo a necessidade de maior controle no uso de antimicrobianos.