27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1467-1


Poster (Painel)
1467-1Comparação entre produção de biossurfactante e crescimento de consórcios bacterianos hidrocarbonoclásticos em diferentes fontes de carbono
Autores:Oliveira, P. P (UNIRIO - Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro) ; Sbano, A. (UNIRIO - Universidade Federal do Estado do Rio de JaneiroUNIRIO - Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro) ; Krepsky, N. (UNIRIO - Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro)

Resumo

A produção de biossurfactante por consórcios bacterianos pode otimizar o processo de biorremediação em ambientes impactados por petróleo. Este metabólito auxilia na emulsificação da camada oleosa, tornando-a mais disponível à microbiota. Este trabalho visa comparar a produção de biossurfactante e biomassa em diferentes fontes de carbono. A amostragem foi realizada no manguezal de Magé, RJ. A amostra de sedimento foi incubada a 37°C, por 20 dias em dois frascos independentes contendo meio nutriente salgado (MNS). Em um deles foi adicionado 0,5mL de Petróleo API 28°. As amostras foram repicadas nos meios MNS, MNS+maltose e MNS+sacarose, com 3,3gL-1 do carboidrato. As inoculações foram feitas em duplicada para cada meio, adicionando 1mL de Petróleo API 28°a uma delas. A quantificação da taxa de emulsão da gasolina (TE) foi realizada com 4mL de cada um dos meios com crescimento bacteriano e 6mL de gasolina em tubos de ensaio. O sistema foi agitado em vórtex por 1min e repousado por 24h. A formação de biomassa foi mensurada por densidade óptica em espectrofotômetro (470nm). Leituras diárias foram feitas em triplicada, por um período de 12 dias, para as duas análises. A TE foi mais estável no meio MNS, com valores entre 80% e 100% após o terceiro dia nas duas réplicas. No meio MNS+maltose, a TE apresentou decaimento dos dias 2 ao 11 de incubação, diminuindo de 98% a 13% no meio sem PET e de 83% a 15% no meio com PET, entre os dias 3 ao 11. Da mesma forma, no meio MNS+sacarose sem PET, a TE reduziu do dia 3 ao 11, com valores entre 72% e 4,5%. No meio MNS+sacarose com petróleo, a TE reduziu de 68% a 14% a partir do terceiro dia. Quanto à formação de biomassa, a amostra inoculada em MNS apresentou fase estacionária a partir do dia 8 com absorbância entre 0,874 e 0,915 (sem PET) e 0,903 e 0,953 (com PET). No meio MNS+maltose esta fase variou entre 0,548 e 0,573 (sem PET) e 0,523 e 0,577 (com PET), a partir do dia 5. No meio MNS+sacarose, com menor crescimento, a fase estacionária variou entre 0,248 e 0,338 (sem PET) 0,504 e 0,422 (com PET). Isto indica que, para este consórcio, nas condições de crescimento testadas a adição de carboidrato diminuiu a produção de surfactante. Ao contrário, o meio MNS com petróleo possibilitou maior produção de biossurfactante e biomassa, permanecendo em crescimento exponencial na maior parte do experimento. Fomento: FAPERJ e UNIRIO