27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1458-1


Poster (Painel)
1458-1ATIVIDADE ANTIBACTERIANA DE EXTRATOS DE ABACATE (Persea americana Mill.) SOBRE ESPÉCIES BACTERIANAS DE IMPORTÂNCIA CLÍNICA HUMANA E ANIMAL.
Autores:Cardoso, P.F. (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Scarpassa, J.A. (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Pretto-Giordano, L.G. (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Otaguiri, E.S. (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Perugini, M.R.E. (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Ogatta, S.F.Y. (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Nakazato, G. (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Kobayashi, R.K.T (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Moreira, I.C. (UTFPR - Universidade Tecnológica Federal do Paraná (Campus Londrina)) ; Martins, A.L. (UNIFIL - Centro Universitário FiladélfiaUEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Vilas-Boas, L.A. (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; Vilas-Boas, G.T. (UEL - Universidade Estadual de Londrina)

Resumo

O interesse em extratos vegetais com propriedades antimicrobianas tem aumentado como consequência da utilização indiscriminada de antibióticos, que leva à seleção de linhagens bacterianas resistentes. Dentre as espécies bacterianas de importância clínica para diversos hospedeiros, pode-se destacar a bactéria Streptococcus agalactiae. As plantas são fontes valiosas na pesquisa por novas moléculas biologicamente ativas, como por exemplo, antimicrobianos. O abacate é utilizado como alimento na maioria dos países tropicais e subtropicais, visto que possui alto valor nutricional, e suas atividades biológicas (antioxidante, analgésica ou antimicrobiana) têm sido amplamente pesquisadas. O objetivo desse trabalho foi avaliar a atividade antimicrobiana dos extratos etanólico e diclorometânico de caroço de abacate (Persea americana Mill.) variedade margarida em relação a isolados de espécies bacterianas de interesse clínico. Os extratos foram ressuspendidos em etanol/água (1:1) na concentração de 50 mg/mL para os testes preliminares e de 100 mg/mL para os testes com S. agalactiae. A atividade antimicrobiana foi testada pelo método de difusão em discos. Para os testes preliminares foram utilizadas as linhagens: Staphylococcus aureus (ATCC 29013 e meticilina-resistente MRSA N315), Staphylococcus epidermidis (1E4248), Salmonella enterica sorovariedade Typhimurium (UK1), Escherichia coli (ATCC 8739), Pseudomonas aeruginosa (ATCC 9027) e Bacillus cereus (ATCC 10987). Em seguida foi analisada a atividade antibacteriana dos extratos frente a isolados de origem humana e píscea de S. agalactiae. O extrato etanólico apresentou atividade antimicrobiana para as linhagens de S. aureus, B. cereus, e para alguns isolados de S. agalactiae de origem humana, indicando que as bactérias Gram positivas foram mais sensíveis. O extrato diclorometânico apresentou atividade antimicrobiana para todos isolados de S. agalactiae das duas origens. Os resultados demonstraram a existência de variabilidade fenotípica entre isolados do mesmo hospedeiro. No entanto, a comparação entre os grupos revela ausência de variabilidade interpopulacional. Desta forma, pode-se verificar que o perfil de resistência de isolados de S. agalactiae é independente do hospedeiro de origem e característico da espécie. Testes adicionais, como a determinação da concentração inibitória mínima dos extratos avaliados deverão ser realizados para apontar o potencial terapêutico dos extratos.