27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1450-2


Poster (Painel)
1450-2Quantificação da microbiota de diferentes profundidades de um solo situado em uma área de transição entre Cerrado e Mata Atlântica em Sete Lagoas-MG
Autores:DE DONATO,A. (UFRRJ - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro) ; MAIA,T.F (UFRRJ - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro) ; FRAGA,M.E (UFRRJ - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro) ; COSTA,T.C.C (CNPMS - Embrapa Milho e Sorgo)

Resumo

Quando se busca obter parâmetros que auxiliem na conservação da diversidade biológica de ecossistemas, é muito comum encontrar associações entre o nível de conservação destes com sua composição florística e de fauna. Entretanto, apesar da reconhecida importância da atuação dos microrganismos na manutenção da sustentabilidade dos ecossistemas, a quantidade de dados coletados sobre os padrões de distribuição, diversidade e quantidade de indivíduos nos ecossistemas preservados, é ainda muita escassa. O objetivo do presente trabalho foi quantificar a microbiota de diferentes profundidades e da serrapilheira de um solo em uma área de transição de Mata Atlântica para Cerrado. Para a quantificação da microbiota, foi utilizada a metodologia das diluições seriadas com o plaqueamento das diluições 10-2, 10-3 e 10-4 em meio de cultura DRBC. Após o plaqueamento, foi efetuada a contagem após constatado o crescimento em estufa a 25 ºC. As amostras foram coletadas em duas épocas com estações do ano distintas. Na época chuvosa o balanço hídrico ao longo do mês de coleta foi respectivamente 298,5 mm. Enquanto na época de seca tal valor foi -118,4mm. A média das temperaturas diárias médias e a máxima das temperaturas diárias máximas na época chuvosa foi respectivamente 22,8ºC e 35,4 º, enquanto na época seca estes valores foram 18,7ºC e 31,8 ºC. Não foi observada nenhuma relação entre o número de UFC da serrapilheira dos fragmentos nos parâmetros químicos do solo em ambas as épocas de coleta. Na profundidade de 0-5 cm foi observado que os fragmentos que apresentaram os maiores teores de matéria orgânica e CTC apresentaram os maiores números de UFC na época chuvosa. Tal relação não foi observada nas amostras coletadas no período seco do ano. Nenhuma relação foi observada entre as profundidades de 5-10 cm em qualquer período de coleta, com qualquer parâmetro químico, pedológico ou florístico. Corroborando com estudos prévios, o número total de UFC da microbiota da época chuvosa foi superior ao da época seca. O número de UFC da serrapilheira é superior ao das camadas de 0-5 cm e 5-10 cm, em ambas as épocas de coleta. A camada de 0-5 cm tem um número de UFC superior à camada de 5-10 cm em ambas as épocas de coleta, e as duas profundidades estudadas apresentaram número de UFC na época chuvosa superior ao registrado na época seca.