27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1448-1


Poster (Painel)
1448-1IDENTIFICAÇÃO MOLECULAR E SUSCETIBILIDADE A ANTIFÚNGICOS DE ISOLADOS CLÍNICOS DO COMPLEXO CANDIDA PARAPSILOSIS EM UBERABA – MG.
Autores:SILVA, B.V. (UFTM - UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIANGULO MINEIRO) ; SILVA, L.B. (UFTM - UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIANGULO MINEIRO) ; OLIVEIRA, D.B.C. (UFTM - UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIANGULO MINEIRO) ; SILVA, P.R. (UFTM - UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIANGULO MINEIRO) ; SILVA, L.E.A. (UFTM - UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIANGULO MINEIRO) ; PAIM, K.F. (UFTM - UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIANGULO MINEIRO) ; SILVA-VERGARA, M.L. (UFTM - UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIANGULO MINEIRO) ; ANDRADE, A.A. (UFTM - UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIANGULO MINEIRO)

Resumo

O complexo Candida parapsilosis compreende três espécies: C. parapsilosis sensu stricto, C. metapsilosis e C. orthopsilosis. Estas espécies são fisiologicamente e morfologicamente indistinguíveis e por isso são identificadas por meio da utilização de técnicas moleculares. A ocorrência de infecções associadas a este complexo tem aumentado muito na última década e estudos sugerem que possam existir diferenças consideráveis entre estas espécies em relação à suscetibilidade a antifúngicos. Assim, os objetivos deste trabalho foram: discriminar as espécies do complexo Candida parapsilosis entre 81 amostras clínicas fenotipicamente identificadas como C. parapsilosis; e determinar seus perfis de suscetibilidade aos antifúngicos fluconazol, caspofungina, anfotericina B e voriconazol. As amostras foram isoladas de espécimes clínicos diversos, incluindo dermatomicoses (85%), sangue (7,5%), secreções (2,5%), urina (2,5%) e ponta de cateter (2,5%). A discriminação das espécies do complexo C. parapsilosis foi baseada na análise de polimorfismo de restrição do gene que codifica a desidrogenase alcoólica secundária (SADH). Os testes de suscetibilidade foram realizados pelo método de microdiluição em caldo, de acordo com o documento M27-A3 do Clinical Laboratory Standards Institute (CLSI). A análise molecular revelou que 77 (95%) amostras eram C. parapsilosis sensu stricto, 2 (2,5%) eram C. metapsilosis e as outras 2 (2,5%) eram C. orthopsilosis. As amostras de C. orthopsilosis foram isoladas de dermatomicoses, enquanto as C. metapsilosis foram isoladas de urina e secreção de úlcera. O voriconazol foi o antifúngico mais ativo, seguido pela caspofungina, os quais apresentaram valores de concentração inibitória mínima (CIM, em µg/ml) entre ≤0,03-0,5 e 0,03-2, respectivamente. Aplicando os pontos de corte clínicos recentemente revisados pelo CLSI, apenas uma amostra apresentou resistência, frente ao fluconazol (CIM 16 µg/ml), sendo C. metapsilosis. Nossos resultados confirmam trabalhos recentes que mostram que C. orthopsilosis e C. metapsilosis raramente são agentes de infecções fúngicas em humanos. Além disto, embora nosso número de amostras seja pequeno, os dados reforçam a sugestão de que C. orthopsilosis e C. metapsilosis apresentam suscetibilidade reduzida ao fluconazol.