27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1437-1


Poster (Painel)
1437-1Identificação da frequência de pacientes colonizados e/ou infectados por Staphylococcus aureus resistentes à meticilina atendidos nas unidades públicas de saúde município de Nova Friburgo, RJ.
Autores:Dias, A.P.M (UFF - Universidade Federal FluminensePPGP- UFF - Programa de Pós Graduação em Patologia- UFF) ; Guimarães, L.C. (UFF - Universidade Federal Fluminense) ; Zebende, J.A. (UFF - Universidade Federal Fluminense) ; Silva, R.S. (UFF - Universidade Federal Fluminense) ; Aguiar-Alves, F. (UFF - Universidade Federal FluminensePPGP- UFF - Programa de Pós Graduação em Patologia- UFF)

Resumo

Dentre os vários microrganismos que podem causar infecção relacionada à assistência à saúde, a grande prevalência de Staphylococcus aureus resistentes à metilicina (MRSA) em hospitais tem sido associada ao aumento da mortalidade dos pacientes e os grandes custos de saúde, representando um grande desafio em termos de Saúde Pública. Somente os casos de infecções provocadas por S. aureus em ambiente hospitalar são relatados pelas autoridades de saúde, portanto, não se têm com certeza um percentual de indivíduos colonizados e/ou infectados por este microrganismo na população. O objetivo principal do presente trabalho é desenvolver um estudo para identificar a frequência de pacientes colonizados e/ou infectados por MRSA atendidos nas unidades públicas de saúde município de Nova Friburgo, RJ. Para tal, foram analisadas 574 amostras coletadas de indivíduos atendidos nestas unidades. Após a identificação fenotípica e a avaliação da susceptibilidade aos antimicrobianos, as amostras de S. aureus foram submetidas a testes genotípicos para a detecção do gene mecA. Do total de amostras coletadas, 164 (28,42%) foram identificadas fenotipicamente como S. aureus e somente 22 (3,81% da população total) apresentaram o gene de resistência à meticilina. Este percentual encontrado corrobora com os dados descritos na literatura. Apesar de terem sido coletadas 5% mais amostras de pacientes do sexo feminino, os homens apresentaram um maior percentual de colonização por MRSA (59,1%). Entretanto, o sexo não é descrito como fator de risco para colonização por este microrganismo. Não houve relação entre a quantidade de dias de internação e o número de MRSA observados. O setor que apresentou o maior percentual de MRSA foi a clínica médica (12%) enquanto a hemodiálise, setor que deveria ter alta frequência, apresentou somente 2,4% dos seus pacientes colonizados por MRSA. Estes fatos podem se dever à disseminação dos S.aureus em indivíduos saudáveis em toda a população, justificando o aumento do percentual de colonizações e infecções deste microrganismo na comunidade.