27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1432-1


Poster (Painel)
1432-1Potencial antibacteriano de óleo essencial proveniente da Miracrodruon urundeuva (Aroeira-do-sertão) frente a Escherichia coli (ATCC 25922)
Autores:ARAÚJO, I.D.R. (UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte) ; ARAÚJO, G. M. (UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte) ; Mendonça, R. A. (UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte) ; Andrade, V. S. (UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte)

Resumo

Os óleos essenciais compreendem uma mistura de compostos químicos naturais e voláteis. Como metabólitos secundários, são extraídos diretamente de plantas aromáticas, que são reconhecidas pelo seu potencial farmacológico. Destaca-se nessa classe vegetal, a Miracrodruon urundeuva (Aroeira-do-sertão), a partir da qual as moléculas obtidas de extratos brutos vêm sendo submetidas a testes de atividade antimicrobiana, motivando as pesquisas na possível utilização destas substâncias na fitoterapia. Neste estudo foi realizada uma avaliação da atividade antimicrobiana do óleo essencial, provavelmente um monoterpeno, extraído das folhas da Miracrodruon urundeuva frente a uma cepa bacteriana Gram negativa de interesse clínico, Escherichia coli ATCC 25922. A atividade antibacteriana foi avaliada de forma quantitativa por meio da técnica da microdiluição em caldo (CLSI, 2013), sendo determinada a Concentração Inibitória Mínima (CIM) utilizando a solução de CTT (cloreto de 2,3,5-trifenil-tetrazolium) a 0,5% como um revelador do crescimento. Os testes foram realizados em triplicata, sendo os controles positivo e negativo, respectivamente, gentamicina e tween 80 a 5%. Para determinação da ação bactericida foi realizado semeio em spot do conteúdo dos poços em ágar BHI. A concentração inibitória mínima foi determinada como 3,5 mg/mL. Contrariamente, um estudo mostrou que um óleo extraído do mesmo vegetal não inibiu a E. coli. Por outro lado, trabalhos semelhantes, utilizando óleo essencial, mostraram atividade inibitória contra a mesma cepa, com CIM mais baixa, quando comparada à encontrada nesse estudo. Entretanto, as moléculas são quimicamente distintas e para efeito de comparação, indiscutivelmente, deve-se avaliar outras variáveis. Assim, a CIM deve ser acompanhada da determinação da toxicidade da substância, inclusive a partir de ensaios biológicos que serão incluídos na continuidade do estudo aqui descrito. Conclui-se que estudos mais detalhados precisam ser realizados com a finalidade de validação do óleo essencial de aroeira como fitoterápico.