27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1431-1


Poster (Painel)
1431-1Prevalência de Estreptococos do grupo B isolados em gestantes admitidas entre Janeiro de 2011 a março de 2013 em um laboratório Terciário no município de Natal/RN
Autores:Britto, M.H.M.F. (CPC - Centro de Patologia Clínica) ; Ansaldi, M.A.J. (UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do NorteUFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte) ; Vaz,H.H. (UNP - Universidade Potiguar) ; Fonseca, S.M.D. (CPC - Centro de Patologia Clínica) ; Rebelo, R.C.M. (UNP - Universidade Potiguar) ; Britto, L.M.L. (UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte) ; Silveira, I.A. (CPC - Centro de Patologia Clínica) ; Motta, R.N. (UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte)

Resumo

Os Estreptococos do grupo B (EGB) são diplococos Gram positivos, encapsulados, catalase negativo, apresentam-se aos pares ou em cadeia os quais, epidemiologicamente, colonizam membranas mucosas, sobretudo, dos tratos intestinal e genitourinário do ser humano e animais. O Streptococcus agalactiae, como também é conhecido, pode causar sintomas leves até infecções graves como celulite e fasceíte. Em gestantes, além dos sintomas citados, o microorganismo pode causar endometrite puerperal, amnionite, meningite e septicemia e relaciona-se a complicações na gestação abortamento, morte fetal intra-uterina, ruptura prematura de membranas e aumento da incidência de prematuridade. Nos neonatos, principalmente nos prematuros, a transmissão vertical pode levar a quadros graves de infecções cutâneas, ósseas, articulares ou meningite neonatal com sequelas que vão desde a perda de visão e audição até quadros clínicos de retardo mental. Para prevenir possíveis complicações na gestação e infecção neonatal, recomenda-se realizar profilaxia da gestante que estiver colonizada e não apenas atuar em combate aos fatores de risco para contaminação. Tendo em vista a importância da detecção adequada deste microrganismo na fase gestacional para o binômio mãe-feto e levando em consideração a ausência de dados sistematizados referentes à prevalência de colonização de Streptococcus agalactiae no estado do Rio Grande do Norte, fizemos um levantamento acerca da presença de Streptococcus agalactiae em gestantes admitidas entre janeiro de 2011 a março de 2013 em um laboratório terciário no município de Natal. Usando um swab alginatado estéril, foram colhidas amostras de secreção vaginal e anal de 372 gestantes e encaminhadas ao Centro de Patologia Clínica, as quais foram cultivadas em Caldo Granada, Ágar Sangue, meio cromogênico CPS e confirmadas fenotipicamente através da metodologia automatizada Vitek 2. Dessas 372 gestantes, 85 (22,85%) foram confirmadas como colonizadas pelo Streptococcus agalactiae e 287 (77,15%) como não colonizadas. As variáveis idade e colonização foram analisadas pelo teste estatístico não paramétrico chi-quadrado, STATA/SE versão 12.0. A frequência de colonização vaginal/anal na amostra populacional, no período em questão não foi estatisticamente significante influenciada pela faixa de idade (χ2=8.315, p=0.08). No entanto, 22,85% de todas as gestantes analisadas são portadoras de Streptococus agalactiae em seu canal vaginal/anal apontando para a necessidade da pesquisa da colonização por esse microrganismo durante o exame pré-natal.