27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1429-1


Poster (Painel)
1429-1DETERMINAÇÃO DO ÍNDICE DE COINFECÇÃO COM HPV DE BAIXO E ALTO RISCO E HSV - 1 E 2 ENTRE PACIENTES DO GÊNERO FEMININO DO ESTADO DE ALAGOAS, BRASIL
Autores:SOUZA, C.C.N. (UFAL - UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS) ; NASCIMENTO, V.X. (UFAL - UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS) ; MENDES, M.M.B. (UFAL - UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS) ; SANTOS, A.R. (UFAL - UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS) ; FONSECA, P.D.L. (UFAL - UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS) ; CARVALHO, L.W.T. (UNCISAL - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE ALAGOAS) ; TODARO, A.R. (UFAL - UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS) ; RAMALHO NETO, E.C. (UFAL - UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS)

Resumo

O papilomavírus humano (HPV) está associado às infecções genitais sexualmente transmissíveis mais comuns do mundo. Estima-se que existam mais de 200 genótipos de HPV, entre tipos, subtipos e variantes, sendo apenas 115 tipos e subtipos descritos até o momento. A família Papillomaviridae tem sido agrupada em tipos oncogênicos, de alto risco, e tipos não oncogênicos, de baixo risco, que levam ao desenvolvimento de lesões não malignas. Desta forma, pode-se observar o surgimento de lesões cervicais em mulheres que possuam vírus de alto ou baixo risco e estas podem ser portas de entrada e favorecerem o estabelecimento de outros vírus sexualmente transmissíveis, como o vírus do herpes, também replicados no tecido cutâneo e mucosas. O vírus do herpes simples tipo 1 (HSV-1) e tipo 2 (HSV-2), são responsáveis por doenças de patologia secundária, tanto moderada quanto grave, como ulceração oral e genital, cegueira, encefalite viral e infecção disseminada a neonatos. HSV-1 é geralmente transmitida durante a infância, enquanto o HSV-2 é a causa da maioria dos herpes genitais. Seu sucesso pode ser atribuído ao estabelecimento de infecção persistente no hospedeiro, chamada latente, durante a qual os vírus não são produzidos pelas células infectadas, os sintomas da doença estão ausentes e a transmissão não ocorre. O processo de reativação do vírus leva à infecção lítica, com a destruição de células e surgimento de lesões. Seu desencadeamento se dá por fatores como gravidez, exposição aos raios ultravioleta, stress e desequilíbrio do sistema imune. Alguns estudos apontam o HSV – 2 como um possível co-fator para o desenvolvimento de neoplasias por HPV, associado a outros fatores como a idade de início da atividade sexual, idade de menarca, tabagismo, alcoolismo e número de parceiros. Uma vez que o câncer do colo do útero, ou cervical, aparece em destaque em todas as regiões do Brasil, é o segundo mais frequente na região Nordeste é uma relação que deve ser investigada. Assim, este trabalho tem como objetivos avaliar a presença dos diferentes tipos de HPV e observar a presença correlacionada de HSV – 1 e HSV – 2 em esfregaços da região cervical de pacientes do gênero feminino, bem como analisar a influência de outros fatores relacionados aos hábitos de vida das pacientes. Resultados preliminares indicam relação do início da atividade sexual com o desenvolvimento das viroses abordadas.