27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1408-2


Poster (Painel)
1408-2AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DE ALFACE (Lactuca sativa) COMERCIALIZADA NO MUNICÍPIO DE ALEGRE - ES
Autores:Silva, N.B.M. (CCA/UFES - Universidade Federal do Espírito Santo) ; Peña, W.E.L. (CCA/UFES - Universidade Federal do Espírito SantoUFV - Universidade Federal de Viçosa) ; Carvalho, R.V. (CCA/UFES - Universidade Federal do Espírito Santo) ; Bernardes, P.C. (CCA/UFES - Universidade Federal do Espírito Santo) ; Nascimento, L.E.P. (CCA/UFES - Universidade Federal do Espírito Santo) ; Duarte, A.L.A. (CCA/UFES - Universidade Federal do Espírito Santo)

Resumo

Nos últimos anos, inúmeros tem sido os relatos da associação da ingestão de hortaliças e seu benefício à saúde, por isso cada vez mais cresce o seu consumo. No entanto, também é crescente o número de casos de Doenças Veiculadas por Alimentos (DVA) associados às hortaliças frescas. Este trabalho consistiu em avaliar as condições microbiológicas da alface comercializada no município de Alegre - ES. As análises microbiológicas foram realizadas no Laboratório de Microbiologia de Alimentos, do Centro de Ciências Agrárias, da Universidade Federal do Espírito Santo. As amostras foram coletadas em 11 locais, sendo: cinco supermercados e cinco hortifrutis cadastrados na vigilância sanitária do município, e um produtor que comercializava a hortaliça na feira livre da cidade. Foram analisadas 60 amostras de alface, do tipo crespa e de cultivo convencional. As análises para determinação de mesófilos, fungos filamentosos e leveduras, coliformes totais, coliformes termotolerantes e Salmonella spp, foram realizadas de acordo a metodologia da American Public Health Association (APHA). As amostras analisadas apresentaram contagens médias de mesófilos aeróbios, fungos filamentosos e leveduras, de 6,80 log UFC g-1 e 4,07 log UFC. g-1 respectivamente. Foi constatado que 100% das amostras apresentaram contaminação por coliformes totais, sendo que 12 % das amostras apresentaram contaminação de 2,4 x 10² NMP g-1, 15% de 1,1 x 10³ NMP g-1 e 73 % superior a 1,1 x 10³ NMP/g. Com relação a contaminação por coliformes termotolerantes 58 % das amostras apresentaram valores < 3 NMP g-1, 30 % valores entre 4 e 21 NMP g-1, e 12 % valores entre 43 e 93 NMP g-1. A ocorrência desses micro-organismos pode indicar a provável presença de patógenos. Foram encontradas colônias suspeitas de Salmonella sp, quando utilizado o plaqueamento diferencial por meio dos meios seletivos: Rambach, Hektoen Entérico e BPLS. Ressalta-se que essas colônias deverão passar por análises confirmativas. Em relação às hortaliças in natura, a legislação brasileira por meio da RDC nº 12 de 02 de janeiro de 2001 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) determina padrões microbiológicos apenas para Salmonella sp, determinando ausência deste micro-organismo em 25 g do produto. Conclui-se a importância da adoção de medidas preventivas para reduzir a contaminação deste alimento ao longo de toda cadeia produtiva, como uma forma de reduzir os riscos à saúde associados ao consumo de alface in natura.