27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1395-1


Poster (Painel)
1395-1Avaliação da presença de leveduras em amostras de água do Arroio Dilúvio em Porto Alegre.
Autores:Feltrin, T. (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Minotto, E. (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Chiarelli, E.M.V.R. (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Mann, M.B. (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Iwanczuk, K. (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Van Der Sand, S.T. (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul)

Resumo

O arroio Dilúvio é o principal curso d’água de Porto Alegre, sendo a nascente localizada na cidade de Viamão, e o deságue junto ao Lago Guaíba. Ao longo do seu percurso, o arroio recebe resíduos oriundos do esgoto doméstico, hospitalar e pluvial favorecendo o desenvolvimento de microrganismos patogênicos. Diferentes estudos de ambientes de água doce associaram a presença de leveduras patogênicas nesses locais como um indicador complementar na análise da qualidade da água. Ainda, a presença dessas leveduras pode representar um risco a saúde para a população. Sendo assim, este estudo teve por objetivo avaliar a presença de leveduras em amostras de água do arroio Dilúvio, e avaliar a capacidade de crescimento dos isolados a uma temperatura de 37°C. Três locais próximos ao desague de esgoto, oriundo de hospitais, foram escolhidos e as coletas realizadas em duas estações do ano, uma no inverno e outra no verão. Nos três pontos as amostras foram coletadas em triplicata. Para o isolamento das leveduras foram utilizadas a amostra bruta e diluída em até a 10-3. A amostra bruta e as diluições foram semeadas em placas contendo os meios Yeast Malt Agar (YMA) e ágar Sabouraud, ambos acrescidos com cloranfenicol (0,2%). As placas foram mantidas em temperatura ambiente por até 7 dias. As colônias de leveduras com características morfológicas distintas foram esgotadas e a pureza confirmada por microscopia com lâminas a fresco. Para o crescimento a 37°C, utilizou-se o meio Agar Glicose-Peptona-Extrato de Levedura (GPY) e as placas foram incubadas por 4 dias na estufa. A partir das duas coletas, foram isoladas um total de 194 leveduras, das quais 117 isoladas na estação verão e 77 no inverno. Nas coletas foi possível observar uma variação no número de isolados com relação as duas estações do ano. Das 194 leveduras isoladas submetidas ao crescimento a 37°C, 108 isolados cresceram a essa temperatura e destes 64 foram isolados da coleta realizada no verão e 44 do inverno. Outros ensaios estão sendo realizados com os isolados que demonstraram capacidade de crescimento a temperatura de 37°C, pois representam um indicativo da presença de leveduras oportunistas e patogênicas nas amostras obtidas do arroio Dilúvio.