27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1363-1


Poster (Painel)
1363-1Determinação de fatores de virulência de Candida spp. isoladas de dermatomicoses
Autores:SILVA, L.B. (UFTM - Universidade Federal do Triângulo Mineiro) ; OLIVEIRA, D.B.C. (UFTM - Universidade Federal do Triângulo Mineiro) ; SILVA, B.V. (UFTM - Universidade Federal do Triângulo Mineiro) ; SOUZA, R.A. (UFTM - Universidade Federal do Triângulo Mineiro) ; SILVA, P.R. (UFTM - Universidade Federal do Triângulo Mineiro) ; SILVA, L.E.A. (UFTM - Universidade Federal do Triângulo Mineiro) ; PAIM, K.F. (UFTM - Universidade Federal do Triângulo Mineiro) ; SILVA-VERGARA, M.L. (UFTM - Universidade Federal do Triângulo Mineiro) ; ANDRADE, A.A. (UFTM - Universidade Federal do Triângulo Mineiro)

Resumo

Introdução: Dermatomicoses são infecções fúngicas da pele, unhas e pelos que afetam de 20 a 25% da população mundial. Podem ser causadas por uma variedade de fungos, incluindo dermatófitos, fungos filamentosos não-dermatófitos e leveduras. Dentre as leveduras, as espécies de Candida são as mais comuns e, embora tradicionalmente C. albicans seja a espécie mais associada às infecções, estudos mostram um aumento da prevalência de Candida não-albicans. Apesar do importante papel das espécies de Candida nas dermatomicoses, poucos estudos têm investigado os determinantes de virulência destas espécies, sobretudo de Candida não-albicans. As enzimas hidrolíticas extracelulares, tais como proteinases e fosfolipases, são consideradas importantes fatores de virulência para Candida spp., pois facilitam sua aderência e consequente infecção ao hospedeiro. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a produção de proteinases e fosfolipases por espécies de Candida isoladas de dermatomicoses. Materiais e métodos: Foram avaliadas 104 amostras de Candida spp. isoladas de pacientes com dermatomicoses atendidos em laboratórios de análises clínicas da cidade de Uberaba, MG. As espécies foram identificadas por métodos fenotípicos clássicos. Três microlitros de um inóculo contendo 5x104 leveduras/mL foram adicionados em placas de ágar Fosfolipase e ágar Proteinase, as quais foram incubadas a 36ºC por 5 e 7 dias, respectivamente. A atividade enzimática foi determinada por meio da zona de precipitação, como padronizado na literatura. Resultados: Entre as Candida spp. avaliadas, 29,8% foram capazes de produzir fosfolipases e 42,3% produziram proteinases. C. albicans apresentou maior porcentagem de amostras produtoras de fosfolipases (88,9%), enquanto apenas 24,2% das espécies de C. não-albicans foram produtoras de fosfolipases. C. parapsilosis apresentou maior porcentagem de amostras produtoras de proteinases (50%), seguidas de C. guilliermondii (41,7%) e C. tropicalis (35,5%). Conclusão: Nossos resultados mostraram diferenças na produção de exoenzimas pelas diferentes espécies de Candida. No entanto, são escassos os estudos que avaliam o potencial de virulência de Candida spp. isoladas de dermatomicoses. Assim, este estudo contribui para o entendimento da capacidade patogênica destes importantes agentes causadores de dermatomicoses.