27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1354-1


Poster (Painel)
1354-1AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DA BIORREMEDIAÇÃO EM CAIXAS DE GORDURA
Autores:ROCHA, L. C. (IFRJ - Instituto Federal do Rio de Janeiro) ; BERNARDO, L. F. L. (IFRJ - Instituto Federal do Rio de Janeiro) ; FERNANDES, V. M. (IFRJ - Instituto Federal do Rio de Janeiro) ; ORTIZ, B. H. (IFRJ - Instituto Federal do Rio de Janeiro) ; RAMOS JUNIOR, W (IFRJ - Instituto Federal do Rio de Janeiro) ; SANTOS, T. J. P. (IFRJ - Instituto Federal do Rio de Janeiro) ; BOBEDA, C. R. R. (IFRJ - Instituto Federal do Rio de Janeiro) ; MARTINS, D. S. (IFRJ - Instituto Federal do Rio de Janeiro)

Resumo

Desde o ano de 2011 a prefeitura do município de Nilópolis/RJ vem realizando o trabalho de limpeza de caixas de gordura, residenciais e comerciais, utilizando a biorremediação, técnica que utiliza microrganismos para remediar ou remover poluentes visto que os resíduos presentes em caixas de gordura são de difícil tratabilidade e alto poder contaminante. A própria caixa de gordura, uma vez que promove a permanência de uma biota degradadora da matéria orgânica, já é um tipo de tratamento, que pode ser potencializado com o manejo mais adequado e adição de outros microrganismos. A prefeitura, para isso, escolheu a utilização do produto Biorooter um aglomerado de bactérias, que usam a matéria orgânica presente na caixa de gordura como substrato. O objetivo foi avaliar o processo de biorremediação realizado pela prefeitura de Nilópolis. Foram realizados tratamentos em três caixas de gordura residenciais a fim de comparar as metodologias: a indicação do fabricante Biorooter (I), método adaptado pela prefeitura (II) e um branco com apenas remoção mecânica (III). As análises microbiológicas realizadas consistiram na contagem de bactérias heterotróficas totais, fungos e bactérias degradadoras de óleos, pela técnica de cultivo de viáveis em placa e contagem de unidades formadoras de colônias (UFCs) e também a contagem de coliformes totais e termotolerantes pela técnica dos tubos múltiplos. Adicionalmente foram analisados parâmetros físico-químicos: pH, temperatura, turbidez, Óleos e Graxas, fosfato, Demanda química de oxigênio (DQO) e Sólidos sedimentáveis. Além das contagens microbianas foi realizado um ensaio respirométrico, para quantificar a taxa de degradabilidade dos microrganismos nos diferentes métodos pela medida do CO2 formado na respiração microbiana. Após dois meses de ensaio observou-se que tanto no método II como no III ocorreu redução da quantidade de óleos e graxas por até um mês de tratamento, enquanto o método I só apresentou a diminuição na primeira semana de tratamento. No ensaio in vitro o que teve maior taxa respiratória foi o método II, seguida do III e por último o I. Na análise de óleos e graxas desse ensaio observa-se que o método I tinha a maior concentração de óleo e o II e III ficaram com valores muito próximos, porém contrariando a taxa respiratória o método II tinha mais óleo do que o III. Conclui-se que o método II é mais eficiente que o método I uma vez que manejo do tratamento é diferente, funcionando como um bioestimulante.