27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1350-1


Poster (Painel)
1350-1UTILIZAÇÃO DE Trichoderma reesei E Saccharomyces cerevisiae NA OBTENÇÃO DE ETANOL DE SEGUNDA VIA A PARTIR DA PALHA DE CANA-DE-AÇÚCAR.
Autores:Carvalho, A.C. (ETECAP - Escola Técnica Estadual Conselheiro Antonio PradoIB - UNICAMP - Instituto de Biologia - Universidade Estadual de Campinas) ; Ematsu, G.C.G. (ETECAP - Escola Técnica Estadual Conselheiro Antonio Prado) ; Angelis, D.A. (CPQBA/UNICAMP - Centro de Pesquisas Químicas, Biológicas e Agrícolas) ; Pereira, C.F. (ETECAP - Escola Técnica Estadual Conselheiro Antonio Prado) ; Alves, D.F.P. (ETECAP - Escola Técnica Estadual Conselheiro Antonio PradoFCM - UNICAMP - Faculdade de Ciências Médicas - UNICAMP) ; Moreira, J.C.O. (IB - UNICAMP - Instituto de Biologia - Universidade Estadual de Campinas)

Resumo

Derivado da quebra da celulose, o etanol celulósico possibilita o uso da palha da cana-de-açúcar que não é aproveitada na usina, como matéria prima para gerar um novo bicombustível também chamado "álcool de segunda-via". Desta forma, este trabalho tem por objetivo a utilização da palha da cana-de-açúcar (Saccharum officinarum) para obtenção de etanol lignocelulósico. Para isto cerca de 150g de palha verde foi triturada em liquidificador industrial, o pó foi misturado em 1L de água, até chegar ao ponto de “papa”. Em seguida, adicionou-se uma solução de HCL, 2 mol/litro, para quebra química da estrutura fibrosa da celulose. Após sete dias à temperatura ambiente, o ácido foi neutralizado com solução de hidróxido de sódio 2 mol/litro até obtenção de pH 7,0. A degradação da hemicelulose e lignina aconteceu mediante ação enzimática do fungo Trichoderma reesei. A fermentação ocorreu durante três semanas, por meio da associação de T. ressei e a levedura Saccharomyces cerevisae liofilizada, formando assim um vinhoto a ser destilado para a obtenção de álcool. A destilação foi realizada e a confirmação da presença de produção de etanol celulósico aconteceu por curva analítica por meio de um condutivímetro. Para obtenção da curva soluções padrão foram utilizadas nas seguintes concentrações de álcool: 2,5%, 5%, 10%, 15% e 20%. Ao final de cada semana o índice de refração e grau de Brix foi medido em refratômetro. Testes de Molish e Benedict foram realizados para detectar a presença de glicose na amostra. O desvio obtido foi de 0,9953 e a partir deste valor a curva analítica foi desenvolvida apresentando teor de álcool de 12% na amostra testada. Este dado demonstra que a utilização de recursos renováveis e oriundos de produtos vegetais como a palha da cana-de-açúcar, quando associados a fungos de interesse industrial, podem ser uma alternativa promissora na produção de etanol lignocelulósico ou álcool de segunda-via.