27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1348-1


Poster (Painel)
1348-1CARACTERIZAÇÃO DE CARBAPENEMASE EM ISOLADOS CLÍNICOS DE ESCHERICHIA COLI E ENTEROBACTER spp.
Autores:STRELING DE OLIVEIRA, A.P. (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; LOPES, A.M. (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; RECHENCHOSKI, D.Z (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; ROSOLEN, A.P.F. (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; HIGASHI, C. (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; JORGE, L.R. (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; KANAOKA DA SILVA, E.C. (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; ISHIOKA de OLIVEIRA, A.C. (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; TAKASHINA, F.H (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; CAMPANHARO, K. (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; MIRANDA, M.C. (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; ARANTES,B (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; PELISSON, M (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; STIPP,A.T. (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; PERUGINI,M.R.E. (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; VESPERO,E.C. (UEL - Universidade Estadual de Londrina) ; QUESADA, R.M.B. (UEL - Universidade Estadual de Londrina)

Resumo

Os membros da família Enterobacteriaceae são considerados importantes agentes causais de infecções, apresentando grande capacidade de desenvolver mecanismos de resistência aos antimicrobianos. A emergência de enzimas que degradam os carbapenêmicos, como Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC) e metalo β-lactamases, possibilitou a rápida disseminação entre esta família. Neste contexto, este trabalho teve o objetivo de realizar a pesquisa de carbapenemases do tipo KPC e metalo β-lactamases, em 70 isolados clínicos de Enterobacter spp. e 37 Escherichia coli que apresentaram resistência aos carbapenêmicos, no período de julho de 2010 a dezembro de 2011, de pacientes internados no Hospital Universitário da Universidade Estadual de Londrina (HU-UEL). As amostras foram previamente identificadas pelo sistema automatizado Microscan WalkAway® (Siemens) e/ou BD Phoenix™ e estocadas a -20oC até o momento deste estudo. Para pesquisar a presença de carbapenemases nesses isolados, foram realizados os testes de Hodge modificado, sendo que 39 (55,7%) foram positivos para Enterobacter e 37 (100%) para E.coli. O teste com ácido borônico foi positivo em 52 (74,3%) dos isolados e 37 (100%) de E.coli. Nenhum isolado apresentou positividade para o teste de metalo β-lactamase com 100mM EDTA. Somente 34 (48,6%) dos isolados de Enterobacter spp apresentaram PCR positivos para o gene blaKPC, enquanto todos os isolados de E.coli foram positivos. Os isolados clínicos de Enterobacter apresentaram 100% de resistência ao aztreonam e cefotaxima, ceftazidima (91,2%) e cefepime (76,5%). E.coli apresentou 100% de resistência a cefotaxima e aztreonam, 98% de resistência ao cefepime e 78% a ceftazidima. Com relação aos carbapenêmicos, os isolados apresentaram resistência a pelo menos um dos três antimicrobianos, com o ertapenem, imipenem e meropenem atingindo as mesmas percentagens (97,1%) para Enterobacter; e E.coli 100% de resistência ao ertapenem, 98% ao imipenem e 82% ao meropenem. Amicacina apresentou 29,4% e 21%, respectivamente para Enterobacter e E.coli. Nenhum isolado de E.coli apresentou resistência a tigeciclina e 29,4% de resistência para Enterobacter. A polimixina e colistina apresentaram um isolado clínico de Enterobacter resistente (2,9%), sendo estes de diferentes pacientes. Este estudo mostra que em E.coli a produção de carbapenemases do tipo KPC é um importante mecanismo de resistência aos carbapenemicos. No entanto em Enterobacter spp outros mecanismos de resistência como alteração de porina e hiperexpressão de AmpC estão envolvidos em resistênica aos carbapenêmicos produzidos por Enterobacter spp.