27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1341-1


Poster (Painel)
1341-1Distribuição e resistência antimicrobiana de Escherichia coli diarreiogênica de origem humana e ambiental isoladas no estado do Pará, Brasil.
Autores:SOUZA, C.O. (IEC - INSTITUTO EVANDRO CHAGAS) ; SOUSA, E.B. (UEPA - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ) ; COSTA, A.R.F. (IEC - INSTITUTO EVANDRO CHAGAS) ; CARRERA, J.S. (UFPA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ) ; ROCHA, D.C.C. (IEC - INSTITUTO EVANDRO CHAGAS) ; SÁ, L.L.C (IEC - INSTITUTO EVANDRO CHAGAS) ; RIBEIRO, K.T.S. (UFPA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ) ; LOUREIRO, E.C.B. (IEC - INSTITUTO EVANDRO CHAGAS)

Resumo

Introdução e objetivo: A <1>Escherichia coli é uma bactéria comensal do trato intestinal humano e animal e sua presença no ambiente é indicativo de contaminação fecal. A presença de determinados genes de virulência tornam essas bactérias patogênicas, podendo ser classificadas em categorias diarreiogênicas: E.coli enteropatogênica típica (EPECt) ou atípica (EPECa), E.coli enterotoxigênica (ETEC), E.coli enteroinvasora (EIEC), E. coli produtora da toxina de Shiga (STEC) e E. coli enteroagregativa (EAEC). Com a ampla distribuição das E. coli e a possível ocorrência destes patotipos em vários ambientes, o presente trabalho tem por objetivo conhecer a distribuição e a resistência antimicrobiana destas categorias diarreiogênicas isoladas de amostras humanas e ambientais no estado do Pará. Material e Métodos: Foram pesquisados genes de virulência por PCR-multiplex e/ou monoplex entre 410 amostras de E. coli, sendo 344 de origem ambiental e 66 de origem humana e, a resistência antimicrobiana foi avaliada pelo método de difusão em disco utilizando 12 antimicrobinaos. Resultados: As seis categorias de E.coli diarreiogênicas foram identificadas, sendo mais frequentes entre as de origem humana (13,36%) do que ambiental (1,74%). A ETEC, EAEC e EPEC atípicas foram frequentes entre as duas origens. A EIEC e STEC foram exclusivas de origem humana, enquanto, a EPEC tipica foi excluisa de origem ambiental. As maiores resistências foram observadas ao sulfametoxazol-trimetoprim (44,44%), ampicilina (40,28%) e tetraciclina (33,33%) e a única diferença de resistência entre as amostras humanas e ambientais foi à amoxicilina-ácido clavulânico. Não houve diferença estatística de resitência antimicrobiana entre as catogorias de E. coli, no entanto, a EAEC e EPEC apresentaram a maior diversidade de fenótipos de resistência. Os fenótipos de resistência mais frequentes foram AMP-STX-TE (24,32%), AM-STX (21,62%) e STX-TE (16,22%). Conclusão: Uma vez que as E. coli diarreiogênicas, puderam ser identificadas entre amostras humanas e ambientais, sendo a maioria resistente, sugere-se que as E. coli isoladas no Pará, podem apresentar potencial patogênico para o desenvolvimento de doença gastrointestinal e, que a água de rio, pode servir de fonte de infecção para população.