27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1332-1


Prêmio
1332-1Compreensão da esquistossomose mansônica entre escolares do ensino fundamental em Jequié-BA: construção do conhecimento para educação preventiva.
Autores:Santos, J. F. R. (UEFS - Universidade Estadual de Feira de Santana) ; Santos, D. N. (UNEB - Universidade do Estado da Bahia)

Resumo

A esquistossomose mansônica, doença causada pelo verme platelminto Schistosoma mansoni, tem grande importância na área médica e biológica por destacar-se como uma patologia que provoca prejuízos graves à saúde pública. No Estado da Bahia, mais precisamente na região de Jequié, esta doença apresenta-se em índice elevado na população, situação que pode ser justificada, entre outros fatores, pelo clima favorável para o desenvolvimento do ciclo de vida do verme e presença abundante do caramujo do gênero Biomphalaria, hospedeiro intermediário. Por isso, é um dos temas trabalhados na Educação Básica. Neste contexto, identificar a compreensão dos estudantes sobre a temática faz-se necessário para auxiliar na construção efetiva do seu conhecimento e na educação preventiva dessa parasitose. Diante disso, este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de analisar a compreensão dos estudantes, de uma escola de ensino fundamental do município de Jequié – BA, sobre esquistossomose, além de avaliar novas metodologias de aprendizagem deste assunto. Para isso foi realizada uma coleta inicial de dados, com questionários contendo questões subjetivas (pré-teste), aplicado a 32 alunos da 7ª série do ensino fundamental. Com a análise dos resultados obtidos foram elaboradas aulas expositivas mais dinâmicas, apresentação de trabalhos em grupo e seminários. Posteriormente foram aplicados novos questionários (pós-teste) com os mesmos estudantes para avaliar a metodologia utilizada. A análise dos dados revelou que a maioria dos estudantes possui informações esparsas em relação a esquistossomose como: “já ouvi falar sobre a doença”, “pode levar a morte”, “pega tomando banho no rio”, “cresce a barriga”, “incha o fígado”; mas desconhecia informações mais precisas sobre o ciclo de vida heteroxênico e a forma de evitar a disseminação da patologia. Após utilizar as estratégias de ensino-aprendizagem supracitadas, o nível de conhecimento dos alunos sobre a temática em questão melhorou significativamente em torno de 70%. Os resultados demonstraram que é preciso que a escola trabalhe mais sistematicamente questões relacionadas à parasitologia nas aulas de ciências, utilizando metodologias motivadoras.