27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1307-1


Poster (Painel)
1307-1Efeito sinérgico do flavonóide epigalocatequina com o fluconazol em Candida tropicalis resistentes ao fluconazol
Autores:SILVA, R.A.C. (LABEL - UFC - Lab. de Bioprospecção e Experimentação de Leveduras - UFCDACT - UFC - Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas - UFC) ; SILVA, C.R. (LABEL - UFC - Lab. de Bioprospecção e Experimentação de Leveduras - UFCDACT - UFC - Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas - UFCDPML - UFC - Departamento de Patologia e Medicina Legal - UFC) ; ANDRADE NETO, J.B. (LABEL - UFC - Lab. de Bioprospecção e Experimentação de Leveduras - UFCDACT - UFC - Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas - UFC) ; NASCIMENTO, F.B.S.A. (LABEL - UFC - Lab. de Bioprospecção e Experimentação de Leveduras - UFCDACT - UFC - Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas - UFC) ; SAMPAIO, L.S. (LABEL - UFC - Lab. de Bioprospecção e Experimentação de Leveduras - UFCDACT - UFC - Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas - UFC) ; CAMPOS, R.S. (LABEL - UFC - Lab. de Bioprospecção e Experimentação de Leveduras - UFCDACT - UFC - Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas - UFCDPML - UFC - Departamento de Patologia e Medicina Legal - UFC) ; LOBO, M.D.P. (DB - UFC - Departamento de Biologia - UFC) ; GRANGEIRO, T.B. (DB - UFC - Departamento de Biologia - UFC) ; LOBO, T.O. (LABEL - UFC - Lab. de Bioprospecção e Experimentação de Leveduras - UFC) ; CAVALCANTI, B.C. (DPML - UFC - Departamento de Patologia e Medicina Legal - UFCFISFAR - UFC - Departamento de Fisiologia e Farmacologia - UFC) ; NOBRE JUNIOR, H.V. (LABEL - UFC - Lab. de Bioprospecção e Experimentação de Leveduras - UFCDACT - UFC - Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas - UFCDPML - UFC - Departamento de Patologia e Medicina Legal - UFCFISFAR - UFC - Departamento de Fisiologia e Farmacologia - UFC)

Resumo

Nos últimos 30 anos, houve um aumento significativo na incidência de infecções fúngicas invasivas em seres humanos. As leveduras mais comumente isoladas de infecções fúngicas sistêmicas tem sido espécies de Candida spp. O número de pacientes sofrendo dessas infecções tem aumentado drasticamente e as espécies de Candida não albicans são cada vez mais importantes. Ao mesmo tempo, o perfil de sensibilidade destas espécies pode variar e novos agentes antifúngicos e estratégias têm se tornado disponíveis e necessários. Adicionalmente, plantas, bactérias, fungos, microalgas e invertebrados, estão oferecendo moléculas com potencial bioativo como cura para vários tipos de doenças. Assim, essas moléculas geram condições potenciais para o desenvolvimento de drogas antifúngicas com atividade anticandida eficaz, mínimos efeitos colaterais e tolerância suficiente do paciente. O objetivo do presente estudo foi avaliar interações in vitro da epigalocatequina com o fluconazol contra cepas de Candida tropicalis resistentes ao fluconazol, bem como seu mecanismo de ação. A avaliação da interação das drogas foi determinada usando técnicas como: microdiluição em caldo, citometria de fluxo e teste do cometa versão alcalina. O estudo incluiu seis cepas de Candida tropicalis todas resistentes ao fluconazol (FLC), da Coleção de Leveduras do LABEL/FF/UFC. A identificação das cepas foi realizada por técnicas de biologia molecular. Primeiramente, epigalocatequina e o FLC foram testados isoladamente para determinar a concentração inibitória mínima (CIM). Em seguida as cepas foram expostas a concentrações variadas de epigalocatequina (64-0.125 μg/mL) combinadas com FLC (64-0.125 μg/mL). Em ambos os testes as placas foram incubadas a 35° C por 24 h e a leitura realizada visualmente. A CIM foi definida como a menor concentração de droga capaz de inibir 50% do crescimento fúngico. A avaliação da interação entre os antifúngicos foi determinada através do Índice da Concentração Inibitória Fracionária (FICI). A epigalocatequina isolada não apresentou atividade. Porém a combinação da epigalocatequina com o FLC apresentou um efeito sinérgico (FICI< 0.5) frente a cepas de C. tropicalis promovendo morte por apoptose via exposição de fosfatidilserina na membrana plasmática e mudanças morfológicas; despolarização da membrana mitocondrial; acúmulo intracelular de espécies reativas de oxigênio; condensação e fragmentação do DNA.