27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1298-2


Poster (Painel)
1298-2PERFIL BACTERIOLÓGICO DAS MÃOS DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE DO CENTRO CIRÚRGICO E DO PÓS-OPERATÓRIO DO HOSPITAL GERAL DE PALMAS-TOCANTINS
Autores:Mendes, G.O. (UFT - Universidade Federal do Tocantins - Mestrado Ciências/Saúde) ; Borges, J.C. (UFT - Universidade Federal do Tocantins - Mestrado Ciências/Saúde) ; Mendes, R.R. (UFT - Universidade Federal do Tocantins - Mestrado Ciências/Saúde) ; Gondo, F.H.B. (UFT - Universidade Federal do Tocantins - Mestrado Ciências/Saúde) ; Perim, M.C. (UFT - Universidade Federal do Tocantins - Mestrado Ciências/Saúde) ; Carreiro, S.C. (UFT - Universidade Federal do Tocantins - Mestrado Ciências/Saúde) ; Cuellar, P.M.G. (UFT - Universidade Federal do Tocantins - Mestrado Ciências/Saúde) ; Pranchevicius, M.C.S. (UFT - Universidade Federal do Tocantins - Mestrado Ciências/Saúde)

Resumo

Introdução: A disseminação de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde frequentemente advém da contaminação cruzada e a via mais comum de transferência de patógenos ocorre entre as mãos de profissionais de saúde e pacientes. Portanto, buscou-se avaliar qualitativamente os microorganismos presentes na microbiota das mãos dos profissionais de saúde atuantes no Bloco Cirúrgico do Hospital Geral de Palmas (HGP), Tocantins. Materiais e Métodos: As coletas foram divididas em grupo 1, coletas depois da antissepsia, amostras das mãos dos cirurgiões, dos instrumentadores cirúrgicos e auxiliares e, grupo 2, coletas sem antissepsia prévia, amostras das mãos de profissionais de enfermagem, técnicos e auxiliares de enfermagem. Discussão dos Resultados: Obteve-se 46 amostras das mãos de profissionais da saúde do HGP. Nas 26 amostras coletadas logo após a antissepsia das mãos, o Staphylococcus aureus e Staphylococcus sp. coagulase negativo foram os microorganismos predominantes. Dentre as cepas de estafilococos coagulase negativo, identificou-se a espécie Sthaphylococcus saprophyticcus. No teste de susceptibilidade aos antibióticos, a maior parte das cepas foi resistente aos β-lactâmicos; todas as cepas identificadas foram sensíveis a Oxacilina e aos carbapenêmicos. Nas 20 amostras coletadas no pós-operatório imediato, sem a antissepsia prévia, colônias de Staphylococcus ssp. coagulase negativo, S. aureus e S. saprophyticcus foram observadas. Em relação à susceptibilidade aos antibióticos, nas amostras coletadas no pós-operatório imediato, identificou-se cepas de S. aureus resistente à oxacilina (SARO). A bactéria S. saprophyticcus, coagulase negativo, compõe a microbiota residente da pele, portanto, é de difícil remoção. As bactérias da espécie S. aureus compõem a microbiota transitória da pele e podem ser facilmente removidas e eliminadas pela ação de degermantes. Em relação à susceptibilidade das cepas aos antimicrobianos, sabe-se que a resistência aos antibióticos β-lactâmicos está aumentando rapidamente. Além disso, o SARO é responsável por 26,6% a 71% das cepas de S. aureus isoladas em diversos hospitais, é um agente de alta letalidade e responsável por muitas bacteremias adquiridas em ambiente hospitalar. Conclusão: Os resultados corroboram a importância da higienização das mãos por parte dos profissionais de saúde, além da utilização de outras técnicas de antissepsia como o uso de capotes, luvas estéreis, gorros, máscaras e protetores de pés.