27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1298-1


Poster (Painel)
1298-1ANÁLISE BACTERIOLÓGICA DOS PÉS DIABÉTICOS DE PACIENTES DO HOSPITAL GERAL DE PALMAS – TO.
Autores:Perim, M.C. (UFT - Universidade Federal do Tocantins - Mestrado Ciências/Saúde) ; Galvão, J.D. (UFT - Universidade Federal do Tocantins - Mestrado Ciências/Saúde) ; Borges, J.C. (UFT - Universidade Federal do Tocantins - Mestrado Ciências/Saúde) ; Orsolin, E.F. (UFT - Universidade Federal do Tocantins - Mestrado Ciências/Saúde) ; Celeste, S.R.C. (UFT - Universidade Federal do Tocantins - Mestrado Ciências/Saúde) ; Mendes, G.O. (UFT - Universidade Federal do Tocantins - Mestrado Ciências/Saúde) ; Mendes, R.R. (UFT - Universidade Federal do Tocantins - Mestrado Ciências/Saúde) ; Pranchevicius, M.C.S. (UFT - Universidade Federal do Tocantins - Mestrado Ciências/Saúde)

Resumo

Introdução: As lesões de pés diabéticos constituem um grande problema de saúde pública, por causarem mortalidade prematura, incapacitações e elevados gastos no seu controle e no tratamento das complicações. As úlceras que ocorrem no pé diabético são colonizadas por bactérias da microbiota normal da pele, entretanto, devido à adesão inadequada ao tratamento antimicrobiano e ao frequente contato com profissionais da área da saúde e com centros médicos, os pacientes diabéticos poderão apresentar uma microbiota, que coloniza e infecta as úlceras, resistente aos antimicrobianos. Materiais e Métodos: Realizou-se, de janeiro a maio de 2013, análises da prevalência e do padrão de sensibilidade das bactérias encontradas nas lesões ulcerosas, dos pés diabéticos, de 30 pacientes do Hospital Geral de Palmas, Tocantins. As amostras foram cultivas utilizando meios seletivos, e o perfil de susceptibilidade a drogas de interesse clínico-microbiológico foram determinados para linhagens bacterianas isoladas pelo método de difusão em disco, de acordo com o Clinical and Laboratory Standards Institute diluídas na escala padrão de McFarland (≅ 108 UFC/ml). Discussão dos Resultados: Foi detectada microbiota mista das lesões de pé diabético, com bactérias gram-positivas e negativas. Staphylococcus aureus representaram 30,13% dos isolados; 21,92% foram da família enterobacteriacea; 17,81% outros tipos de Staphylococcus (coagulase negativa); 10,96 % de Streptococcus spp e 10,96% não obtiveram crescimento antimicrobiano. Observou-se elevada resistência aos antimicrobianos, exceto à utilização de imipenem (85,72%), gentamicina (66,67%), rifampicina e clindamicina (28,57%). A escolha do antimicrobiano no tratamento de pacientes diabéticos com úlceras infectadas deveria levar em consideração a epidemiologia local, a interação com outros medicamentos, suas condições clínicas, contato dos pacientes com profissionais da saúde e hospitais, adesão ao tratamento. Entretanto, na maioria das vezes, esta escolha é empírica e pode levar ao aparecimento de microrganismos resistentes e, consequentemente, tratamento inadequado, aumento dos custos, morbidade e mortalidade. Conclusão: A infecção polimicrobiana e sua elevada resistência aos antimicrobianos, sugere a necessidade de implementação de rotinas de diagnóstico etiológico destas infecções e de estratégias racionais no uso desses medicamentos.