27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1274-2


Poster (Painel)
1274-2Staphylococcus aureus EM PACIENTES DA COMUNIDADE ADMITIDOS PARA CIRURGIA EM UM HOSPITAL DO RIO DE JANEIRO: ASPECTOS MOLECULARES DA RESISTÊNCIA À METICILINA E DA VIRULÊNCIA
Autores:GUIMARÃES, A.C.F. (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; CHAMON, R.C. (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; CAVALCANTE, F.S. (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; PINHEIRO, M.V.B. (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; NOUÉR, S.A. (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; SANTOS, K.R.N. (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro)

Resumo

No Brasil, estirpes de Staphylococcus aureus resistente a meticilina (MRSA) carreando o SCCmec tipo IV, de origem comunitária, têm emergido nos hospitais. Tal fato configura um problema de saúde pública, em função da maior virulência dessas amostras, que podem carrear, dentre outros, os genes codificadores da leucocidina de Panton-Valentine (PVL). Como a maioria dos hospitais realiza vigilância microbiológica apenas em pacientes com fatores de risco para aquisição de MRSA, pacientes colonizados por amostras comunitárias podem ficar ocultos. Portanto, o conhecimento das características dessas estirpes é importante para o estabelecimento de políticas de controle do patógeno. O objetivo deste estudo foi detectar S. aureuss em narina anterior de pacientes admitidos nas unidades cirúrgicas do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF), caracterizar sua resistência à meticilina e determinar a presença dos genes da PVL. A caracterização das estirpes foi realizada após cultivo dos espécimes em ágar manitol salgado, seguido dos testes de Gram, catalase, coagulase e susceptibilidade à bacitracina e cefoxitina. A determinação do SCCmec em amostras MRSA e dos genes da PVL em todas as amostras de S. aureus foi realizada pela PCR. Entre 374 swabs coletados de diferentes pacientes das unidades cirúrgicas do HUCFF, entre março/2012 e abril/2013, S. aureus foi identificado em 101 (27%), sendo 13 (12,8%) deles identificados como MRSA. Oito (61,5%) amostras MRSA carreavam o SCCmec tipo IV, uma o tipo III e duas o tipo II; duas apresentaram cassetes não-tipáveis. Os genes da PVL foram identificados em 16 (15,8%) amostras, sendo seis delas MRSA tipo IV. A ocorrência de amostras de S. aureus sensíveis ou resistentes à meticilina nos pacientes admitidos no hospital, assim como a presença de cassetes de resistência de origem comunitária nestas amostras estão de acordo com dados da literatura. A detecção de amostras PVL positivas, incluindo seis amostras MRSA, nos pacientes avaliados, os quais não apresentavam fatores de risco para colonização indica a importância da vigilância ativa em todos os pacientes admitidos nas unidades de saúde. Apoio Financeiro: CNPq, CAPES, FAPERJ e PRONEX