27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1274-1


Poster (Painel)
1274-1MARCADORES DE VIRULÊNCIA EM ESTIRPES DE Staphylococcus aureus CARREADORAS DOS GENES DA PVL
Autores:Chamon, R.C. (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; Ribeiro, S.S. (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; IORIO, N.L.P. (UFF - Universidade Federal Fuminense) ; Santos, K.R.N. (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro)

Resumo

A Leucocidina de Panton-Valentine (PVL), um fator de virulência encontrado em cepas de Staphylococcus aureus, é capaz de lisar células da defesa inata do hospedeiro, assim como, em concentrações sublíticas, ativar a resposta pró-inflamatória destas células. Amostras carreadoras dos genes da PVL podem apresentar o gene mecA, que se encontra inserido no cassete cromossômico estafilocócico mec (SCCmec), sendo o tipo IV o mais frequentemente associado à estas amostras em nosso país. O objetivo deste estudo foi verificar a presença de diferentes genes de adesão, como cna, clfA/clfB, fnbA/fnbB, ebpS e bbp, assim como os genes da toxina da síndrome do choque-tóxico (tst) e das enterotoxinas (sea - see e seh) por PCR, em amostras carreadoras dos genes da PVL relacionadas à diferentes linhagens clonais, previamente determinadas pela técnica de PFGE. Foram analisadas 50 amostras de S. aureus carreadoras dos genes da PVL, coletadas durante um período de nove anos de hospitais do Rio de Janeiro, oriundas de infecção e colonização. As amostras foram previamente caracterizadas quanto à resistência à meticilina, sendo 18 (36%) sensíveis e 32 (64%) resistentes à meticilina e carreadoras do SCCmec IV. A maioria das amostras esteva relacionada à clonalidade USA1100 (50%), enquanto as clonalidades USA400, USA800 e USA300 foram associadas a sete (14%), quatro (8%) e uma amostra, respectivamente. Todas as amostras foram positivas para os genes clfA/clfB e os genes ebpS, cna, sea e fnbA foram encontrados em 46 (92%), 42 (84%), 41(82%) e 35 (70%) das amostras, respectivamente. O gene bbp foi encontrado em todas as amostras relacionadas à clonalidade USA1100, assim como o gene seh foi encontrado em 100% das amostras USA400. Os genes fnbB e tst foram encontrados em três e duas amostras de clonalidades esporádicas, respectivamente, e os genes seb, sec, sed e see não apresentaram nenhuma relação com clonalidades específicas. O estudo mostrou que os genes bbp e seh poderiam ser utilizados como possíveis marcadores para as clonalidades USA1100 e USA400, respectivamente. A presença simultânea de genes associados à adesão bacteriana e de PVL poderia justificar a alta prevalência de infecção pelo patógeno, em consequência a sua persistência nos diferentes nichos, colonizando-os. Apoio Financeiro: CNPq, FAPERJ, CAPES, Pronex