27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1267-1


Poster (Painel)
1267-1ATIVIDADE ENZIMATICA DA UREASE EM SOLOS COM A ADIÇÃO DE NUTRIENTES MINERAIS E PALHADA DE CANA-DE-AÇUCAR INCORPORADA E SUPERFICIAL
Autores:GODOY, F.M.C.; (UFU - UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLANDIA) ; ALVES, G.A. (UFU - UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLANDIA) ; CAMPOS, C.H.F. (UFU - UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLANDIA) ; ALMEIDA, R.F. (UFU - UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLANDIA) ; WENDLING, B. (UFU - UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLANDIA) ; MIKHAEL, J.E.R. (UFU - UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLANDIA)

Resumo

As enzimas podem ser utilizadas como indicadores da melhoria da qualidade do solo, porque fazem parte das reações metabólicas. A urease é uma enzima proveniente de bactérias, actiomicetos que atua na ciclagem do nitrogênio do solo através da hidrolise da ureia (CO(NH2)2) nos solos, liberando o CO2 e transformando o N em fonte disponível para as plantas, sendo sua atividade influenciada em diferentes manejos e usos dos solos. Assim, o objetivo deste trabalho foi verificar a atividade enzimática da urease em Latossolos, de acordo o manejo da palhada de cana-de-açúcar no solo (incorporado e superficial) com a adição de nutrientes minerais advindo de corretivos (Calcário e silicato) e adubação fosfatada. O experimento foi conduzido entre os meses de maio a agosto do ano de 2012 no laboratório de pedologia da Universidade Federal de Uberlândia. O solo em estudo foi coletado em uma área sob cultivo de cana-de-açúcar (latitude 19º13´00,22”S e longitude 48º08´24,80”W), classificada como Latossolo Vermelho-Amarelo Distrófico típico. O experimento foi estabelecido em um DBC (Delineamento em blocos casualizado), com três repetições e com um fatorial 2x2x2, dois tipos de corretivo do solo (Calcário e silicato de potássio), dois tipos de manejo da palhada no solo (superficial ou incorporado) e duas doses de fósforo (0 kg N ha-1 e 120 kg P2O5 ha-1) mais o tratamento testemunhas, que foram incubados por 80 dias nestas condições a temperatura de 25°. A utilização dos corretivos dos solos utilizados não influenciou na atividade da urease, assim como a adição de fósforo ao solo. Mas, o manejo da palhada influenciou demonstrando que quando a palhada foi incorporada ao solo obteve um acréscimo de 21,23% na atividade da urease comparando-a com o manejo superficial. Essa maior atividade enzimática da urease em solos com a aplicação de palhada incorporada de cana-de-açúcar, mesmo sem a aplicação de ureia, é maior porque os resíduos vegetais são fonte de urease para o solo e tendo uma rápida disponibilização com um maior contato da palhada ao solo que permite maior interação entre as frações orgânica e mineral do solo. Assim, quando manejados solos com a adição de palhada ocorre um acréscimo de 30 vezes em relação a cultivos sem a adição. A ausência da influencia do fósforo advindo da adubação fosfatada e do Ca+2, Mg+2 e K+ com os corretivos aplicados na atividade da urease é porque a maior atividade desta enzima está relacionada coma presença de nitrogênio no solo dentre os nutrientes. Conclui-se que o manejo da palhada de cana-de-açúcar influencia a atividade da urease, tendo um maior acréscimo no manejo com a palhada incorporada ao solo comparando-o com o superficial. Enquanto, a adição de calcário, silicato e fósforo não alteram a atividade da urease em solos incubados por 80 dias em BOD.