27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1227-1


Poster (Painel)
1227-1ANÁLISE DO ENSAIO IMUNOLÓGICO IGRA VERSUS PROVA TUBERCULÍNICA PARA DETECÇÃO DE INFECÇÃO LATENTE POR Mycobacterium tuberculosis EM PACIENTES HIV POSITIVOS ATENDIDOS NO HOSPITAL DE CLÍNICAS DA UFPR
Autores:Kussen, GMB (PPGMI UFPR - Programa de Pós-Graduação em Medicina Interna UFPRHC UFPR - Hospital de Clínicas UFPRNEBAC - Núcleo de Estudos de Bacteriologia Clínica de Curitiba) ; Dalla-Costa, LM (HC UFPR - Hospital de Clínicas UFPRFIPPPP - Faculdades e Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno PríncipeNEBAC - Núcleo de Estudos de Bacteriologia Clínica de Curitiba) ; Rossoni, AMO (HC UFPR - Hospital de Clínicas UFPR) ; Cogo, LL (HC UFPR - Hospital de Clínicas UFPRNEBAC - Núcleo de Estudos de Bacteriologia Clínica de Curitiba) ; Rathunde, LES (HC UFPR - Hospital de Clínicas UFPR) ; Fagundes, P. (HC UFPR - Hospital de Clínicas UFPR) ; Raboni, SM (UFPR - Departamento de Saúde Comunitária UFPRPPGMI UFPR - Programa de Pós-Graduação em Medicina Interna UFPRHC UFPR - Hospital de Clínicas UFPR)

Resumo

INTRODUÇÃO: A tuberculose (TB) se mantém como um significante risco para a humanidade. O risco de adoecimento por TB em pacientes vivendo com HIV/aids é de 10%, sendo que a única forma de prevenir e reduzir a mortalidade dá-se por meio do tratamento da infecção latente pelo M. tuberculosis (ILTB). A identificação da ILTB nestes indivíduos permite a intervenção precoce, com a utilização da quimioprofilaxia com isoniazida (INH). O diagnóstico baseia-se na realização da prova tuberculínica (PT) que consiste na inoculação intradérmica de um derivado proteico do M. tuberculosis. No entanto este teste apresenta várias limitações. Podem-se encontrar resultados falso-positivos e também falso-negativos com uma determinada frequência, principalmente em situações de imunodepressão. A técnica utilizada pelo QFT (IGRA) apresenta maior especificidade, com a vantagem de menor risco de efeitos adversos. MATERIAL E MÉTODOS: Foram incluídos no estudo pacientes portadores de HIV/aids atendidos no HC/UFPR durante o período de 03/08/2012 a 22/05/2013. Após assinatura do TCLE, foi aplicado um questionário de pesquisa, feita uma revisão de prontuários médicos e foram realizados os testes de PT e coleta de sangue para o teste IGRA. RESULTADOS: Foram incluídos no estudo 130 pacientes, 10 pacientes (7,7%) não retornaram para a leitura da PT. A PT e o IGRA foram reatores para 12 e 20 pacientes, respectivamente. Comparando os dois métodos, observou-se que 96 (80%) pacientes apresentaram ambos os testes negativos e 8 (6,6%) pacientes tiveram os dois testes positivos. Entre os testes discordantes 12 (10%) pacientes apresentaram o IGRA positivo com a PT não reatora e apenas 4 (3,4%) pacientes mostraram a PT reatora com IGRA negativo, a concordância entre os dois testes foi regular (índice Kappa = 0,43±0,1). Os pacientes com PT reatora realizaram exames para descartar doença ativa e receberam izoniazida. Os pacientes com apenas IGRA positivo continuam sendo acompanhados clinicamente sem a utilização de quimioprofilaxia. CONCLUSÃO: Não há teste padrão-ouro para o diagnóstico da ILTB. A comparação entre as duas metodologias mostrou uma concordância regular. Os pacientes com IGRA positivo e PT não reatora permanecerão em acompanhamento por até 2 anos para observar se ocorre evolução para doença ativa. Os dados obtidos até o momento, não permitem a recomendação de substituição da PT pelo teste IGRA para o diagnóstico da ILTB. Financiamento: CNPq