Resumo

A soja (Glycine max) é uma cultura importante para o setor agrícola brasileiro, pois é um grão de alto valor nutritivo, sendo cultivada tanto para alimento humano como animal. É uma leguminosa que obtém o nitrogênio necessário ao seu desenvolvimento fenológico por meio da simbiose com o rizóbio, através do processo de fixação biológica de nitrogênio (FBN). Para aumentar a eficiência da inoculação do rizóbio e da FBN, vem sendo utilizado o protetor celular, com função de proteger as células da dessecação, garantindo a sua maior adesão junto às sementes, sem alterar o metabolismo bacteriano. Objetivou-se por esse trabalho, avaliar o efeito do protetor celular Premax na inoculação de rizóbio em plantas de soja cultivadas em LATOSSOLO de Cerrado. O experimento foi conduzido em casa de vegetação da Universidade Federal de Mato Grosso, campus Rondonópolis, com delineamento inteiramente casualizado, sete tratamentos, constituídos por doses de protetor celular (0, 50, 100, 150, 200, 250 e 300 mL para cada 50 kg de sementes), uma cultivar de soja (Anta 82 RR) e seis repetições, totalizando 42 parcelas experimentais. As sementes foram inoculadas com a combinação de duas estirpes comerciais (SEMIA 5079 e SEMIA 5080) na proporção de 150 mL de inoculante para cada 50 kg de sementes. Em seguida, foram semeadas em vasos com capacidade para 8 dm^-3 de solo, deixando após o desbaste, três plantas. Aos 32 DAE, realizou-se a primeira análise, avaliando-se a leitura SPAD, por meio do clorofilômetro. Os resultados foram submetidos à análise estatística de regressão e demonstraram que houve diferença entre os tratamentos. Observou-se que à medida que aumentou o nível das doses do protetor celular, ocorreu um aumento linear dos valores na leitura SPAD, necessitando, contudo, de mais estudos a fim de que se possa determinar a dose ideal do protetor celular para a inoculação na cultura da soja.