Resumo

O ovo é um dos alimentos mais completos e equilibrado em nutrientes e uma fonte proteica de baixo valor econômico para a alimentação humana. Esse alimento tem sido apontado como um dos principais veiculadores do gênero Salmonella . Essa contaminação dos ovos pela Salmonella spp. se dá, inicialmente e na maioria das vezes, através da casca. A incidência de surtos de salmonelose em humanos tem aumentado nos últimos anos em muitos países, inclusive no Brasil. Tem sido responsável por surtos de toxinfecções alimentares de maior ou menor gravidade apresentando sintomas como diarreia, dor abdominal, febre, dor de cabeça, mal-estar, desidratação e calafrios. Diante disso, esse trabalho objetivou verificar a presença de Salmonella spp. em ovos comercializados no Rio Grande do Norte. Foram analisadas amostras obtidas de estabelecimentos comercias em diversas regiões do Rio Grande do Norte. Após a coleta, as amostras foram encaminhadas devidamente acondicionadas ao Laboratório de Inspeção de Produtos de Origem Animal (LIPOA) da Universidade Federal do Semi-Árido (UFERSA). A pesquisa de Salmonella spp. foi realizada na casca e na gema utilizando as recomendações da Instrução Normativa nº 62 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Os resultados das análises mostraram que esse micro-organismo esteve presente em apenas 4,17% das amostras, sendo 2,5% encontrado na casca e apenas 1,67% encontrado na gema. A vigilância sanitária estabelece condutas higiênico-sanitárias que incluem cuidados de armazenamento e preparações de pratos a base de ovos. Entretanto, a legislação brasileira ainda não prevê a armazenagem, o transporte e a comercialização de ovos de consumo sob refrigeração. Com isso, apesar do baixo percentual de Salmonella spp. encontrado, faz-se necessária a aplicação de boas práticas desde a granja até a comercialização de ovos.