27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1207-2


Poster (Painel)
1207-2ATIVIDADE DA CURCUMINA EM MODELO MURINO DE CRIPTOCOCOSE
Autores:Resende-Stoianoff, M.A. (UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais) ; Silva, D.L. (UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais) ; Santos, J.R.A. (UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais) ; Magalhães, T.F.F. (UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais) ; Crepalde, R.S. (UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais) ; Almeida, S.Q. (UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais) ; Modolo, L.V. (UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais) ; Martins, C.V.B. (UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais) ; Nogueira, L.J. (UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais) ; Santos, D.A. (UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais) ; De Fátima, A. (UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais)

Resumo

INTRODUÇÃO: Os fungos podem causar doenças tanto em indivíduos hígidos quanto em imunocomprometidos. Ambos os tipos de infecção têm se tornado cada vez mais frequentes nas últimas décadas. Apesar de existirem algumas classes de antifúngicos disponíveis para tratá-las, são comuns problemas relacionados à toxicidade e ao desenvolvimento de resistência. Assim, é importante que se busquem compostos com atividade antifúngica que possam atuar como alternativas no tratamento das infecções fúngicas. A curcumina é um composto isolado do açafrão-da-terra e apresenta diversas atividades biológicas, entre elas a antimicrobiana. MATERIAL E MÉTODOS: No presente trabalho foi testada a atividade da curcumina em modelo murino de criptococose. Foi realizada infecção intratraqueal, na qual 106 células de Cryptococcus gattii L27/01 foram instiladas na traqueia de fêmeas de camundongos C57/BL6. Cinco dias após a infecção os animais foram divididos em grupos, os quais foram tratados diariamente via intraperitoneal com 400 mg/kg de curcumina, 10 mg/kg de fluconazol ou a combinação de ambos os compostos. O grupo controle incluiu animais infectados e não tratados. Após 10 dias de tratamento os animais foram sacrificados e a carga fúngica nos pulmões e cérebro foi quantificada. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS: Todos os tratamentos foram eficazes em diminuir a carga fúngica nos órgãos analisados (P<0,05), sendo que não houve recuperação de colônias a partir dos macerados de cérebro dos animais tratados com a combinação de curcumina e fluconazol. Também foi realizada a análise histopatológica dos órgãos pela coloração de hematoxilina e eosina. Houve melhora significativa dos danos teciduais em todos os grupos de tratamento em relação aos animais do grupo controle infectado não tratado, com redução de infiltrado perivascular e parenquimatoso, fibrose, hiperemia e granuloma. CONCLUSÃO: Os resultados obtidos demonstram a existência de atividade anti-criptocóccica in vivo da curcumina e possível sinergismo entre este composto e fluconazol no cérebro, abrindo caminho para a possibilidade da utilização da curcumina no combate à criptococose.