Resumo

O feijão caupi (Vigna unguiculata (L.) Walp.) se destaca como uma cultura de grande importância socioeconômica por ser uma fonte rica em proteína vegetal. É uma leguminosa que pode ter parte do nitrogênio necessário para o seu desenvolvimento oriundo da associação com o rizóbio, através do processo de fixação biológica de nitrogênio. Objetivou-se com o presente estudo avaliar as características produtivas do feijão caupi inoculado com rizóbio e cultivado em LATOSSOLO do Cerrado Matogrossense. O Experimento foi realizado no Campo experimental da Universidade Federal de Mato Grosso, campus Rondonópolis, em delineamento experimental de blocos casualizados, com uma cultivar de feijão caupi (BRS Novaera), sete tratamentos, compostos por cinco estirpes de rizóbio (sendo quatro estirpes da coleção de cultura da UFMT e uma estirpe comercial, a BR3267) e duas testemunhas (uma adubada com 75 kg N ha^-1 na forma de ureia e a outra sem inoculação e sem adubação nitrogenada) e seis repetições, totalizando 42 parcelas. A coleta foi realizada aos 40 DAE, e as variáveis analisadas foram o índice SPAD e a matéria seca da parte aérea e raízes. As maiores médias para o índice SPAD foram obtidas na testemunha adubada com N (63,1), seguido pela estirpe C8 (60,55), correspondendo a 95,8% da leitura observada na testemunha nitrogenada. Na sequência, os melhores resultados foram observados pelas estirpes RZ23 (59,27), C15 (59,18,), RZ16 (58,15) e a estirpe comercial BR3267 (57,85). Para a variável massa seca de parte aérea, a testemunha adubada proporcionou uma produção de 63,82g. Em relação aos tratamentos inoculados, a maior produção de massa seca foi verificada nas plantas inoculadas com a estirpe comercial BR3267, a qual apresentou incremento na produção de 57,46g (90,03% da produção da testemunha adubada). A maior produção de massa seca da raiz (5,17g) foi obtida no tratamento inoculado com a estirpe comercial, seguida pela testemunha nitrogenada e pelas estirpes C15 e RZ23. A inoculação mostrou-se satisfatória para as variáveis analisadas, devendo-se realizar mais estudos de forma a selecionar estirpes com potencial para a produção de inoculante para o feijão caupi cultivado em Mato Grosso. Agradecimentos: À Fundação Agrisus, Projeto PA nº 1048/12, pelo auxílio financeiro e concessão da bolsa ao primeiro autor.