27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1189-1


Poster (Painel)
1189-1Alternativa natural ao tratamento das dermtofitoses veterinárias
Autores:BAPTISTA, E.B. (UFJF - Universidade Federal de Juiz de ForaUNIPAC - Universidade Presidente Antônio Carlos) ; FRANCO, D.C.Z. (UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora) ; SUZUKI, E.Y. (UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora) ; RAPOSO,N.R.B. (UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora)

Resumo

A dermatofitose é uma das doenças fúngicas de maior ocorrência na clínica médico veterinária e pela frequência com que são diagnosticadas, estima-se que milhões de dólares sejam gastos anualmente em tratamentos. A preocupação com a saúde dos animais domésticos pode ser evidenciada pela ascensão da dermatologia veterinária e no crescente aumento do mercado de produtos de uso exclusivos que tem movimentado milhões e coloca o Brasil em 3° lugar mundial no mercado pet. Buscando inovar, as formulações fitoterápicas destacam-se como excelentes alternativas aos tratamentos convencionais que, apesar de possuírem eficácia comprovada, podem demonstrar efeitos adversos. O objetivo do presente trabalho é investigar a atividade antifúngica do óleo essencial da Pimenta pseudocaryophyllus (Gomes) L.R. Landrum frente às espécies mais frequentemente associadas à contaminação fúngica de cães e gatos: Microsporum canis ATCC 32903, Microsporum gypseum ATCC 14683 e Trichophyton mentagrophytes ATCC 11480. A determinação da composição química do óleo essencial foi realizada por Cromatografia Gasosa de Alta Resolução (CG-AR). A atividade antifúngica foi avaliada empregando o método turbidimétrico de microdiluição adaptado do documento M38-A2 do CLSI e foi estabelecida a concentração inibitória mínima (CIM) e a concentração fungicida mínima (CFM). Os fármacos utilizados como referência foram a terbinafina e o cetoconazol. Os testes também foram realizados para o eugenol componente majoritário (88,6%) do óleo identificado na CG-AR. Os resultados do óleo para CIM e CFM, expressos em µg/mL, respectivamente: M. canis – 250 para ambas; T. mentagrophytes e M. gypseum – 250 e 1000. Para o eugenol, temos os seguintes resultados de CIM e CFM, expressos em µg/mL, respectivamente: M. canis – 125 para ambas; T. mentagrophytes – 31e 62 e M. gypseum – 62 e 125. Os resultados sugerem um antagonismo entre os componentes químicos do óleo diminuindo sua eficácia frente aos fungos quando comparado ao eugenol isolado. Porém, as atividades bactericida (no caso de infecções secundárias por bactérias) e anti-inflamatória atribuídas em diversos estudos à P. pseudocaryophyllus poderão agregar à formulação vantagens ao tratamento da dermatofitose animal. Agradecimentos: CAPES/PROPESQ/CNPq/FAPEMIG