27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1172-1


Poster (Painel)
1172-1Ag 42: POTENCIAL ADESINA DE Escherichia coli ASSOCIADA A CELULITE AVIÁRIA
Autores:Miyachiro, M.M. (UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas) ; Rigacci, E. D. B. (UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas) ; Bernedo-Navarro, R.A. (UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas) ; Conceição, R. A. (UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas) ; Yano, T. (UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas)

Resumo

Escherichia coli Patogênica Aviária (APEC) é um dos principais agentes infecciosos bacterianos causadores de doenças em aves principalmente em regiões como o trato respiratório, digestório e lesões no tecido subcutâneo, como por exemplo, a celulite aviária. As doenças associadas com as infecções por APEC resultam em perdas financeiras devido à mortalidade, diminuição na produção e condenação das carcaças dos frangos de corte infectados. O objetivo do presente trabalho foi avaliar um fator de aderência de APEC expresso em fibroblastos de embrião de galinha (FEG). As amostras bacterianas analisadas foram isoladas do tecido subcutâneo de frangos de corte com celulite aviária e confirmadas como APEC mediante testes moleculares. Foram analisados através de PCR diversas adesinas de APEC já conhecidas (fimH, flu, mat, iha, afa, sfa/focCD, eae, toxB, aatA, papC, tsh e csgA). As APEC analisadas aderiram em células FEG a 37°C e 42°C. A análise cromatográfica das proteínas de membrana externa extraídas da amostra APEC-20 cultivada a 37°C e 42°C mostrou a presença de um pico com maior valor de absorbância a 42°C, sugerindo a expressão de um fator de aderência que pode ser mais expresso nessa temperatura, denominado provisoriamente Ag42. Mediante a microscopia eletrônica de transmissão foi possível visualizar estruturas extra-celulares na superfície da célula bacteriana somente quando as bactérias foram cultivadas a 42°C. Por outro lado, a amostra APEC-20 cultivada em meio de cultura com vermelho do Congo apresentou maior intensidade a 42°C em relação a 37°C, sugerindo a expressão de estruturas de superfície “Curli-like” a 42°C. Na literatura científica a fímbria Curli é expressa somente a valores menores que 30°C. Deste modo, acreditamos que as amostras APEC possam expressar algum fator de aderência (Ag-42) a 42°C semelhante a fímbria Curli.