27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1170-1


Poster (Painel)
1170-1Avaliação da influência de Escherichia coli na formação de biofilme por Listeria monocytogenes.
Autores:GRANDI, A.Z. (USP - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO) ; LANDGRAF, M. (USP - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO) ; FRANCO, B.D.G.M. (USP - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO) ; DESTRO, M.T. (USP - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO)

Resumo

Listeria monocytogenes é um micro-organismo Gram-positivo que está comumente associado a doenças de origem alimentar. Esse micro-organismo possui a capacidade de sobreviver a condições adversas e de formar biofilme em diferentes superfícies abióticas e interagindo com outras espécies microbianas, tornando-se um problema constante para a indústria de alimentos. Assim, com o intuito de verificar a ocorrência de interação entre Escherichia coli e L. monocytogenes, este estudo tem como objetivos verificar a capacidade de L. monocytogenes formar biofilme em presença de E. coli e avaliar a importância dos reguladores de virulência (prfA e sigB) na formação de biofilme. Para tanto, utilizou-se uma cepa de L. monocytogenes sorotipo 1/2a e sua mutante isogênica (∆prfA e ∆sigB) e Escherichia coli ATCC 8739, e a formação de biofilme foi monitorada usando lâminas de aço-inoxidável imersas em caldo infusão cérebro e coração (BHI) e leite integral reconstituído a 10% (p/v), e incubados a 25ºC com agitação magnética. Diferentes concentrações de inóculo foram testadas e, depois de 3, 6, 9, 24, 48 e 60 horas de incubação, o número de células viáveis do biofilme foi determinado usando o método swab-vortex. E. coli foi enumerada em ágar eosina azul de metileno (Oxoid®) e L. monocytogenes em meio cromogênico – ALOA (Merck®). Analisando-se o biofilme formado nas lâminas foi verificado que a cepa de E. coli ATCC 8739 apresentou interferência/influência na formação de biofilme por L. monocytogenes e de maneira geral, os resultados obtidos com L. monocytogenes ΔprfA ΔsigB indicam uma menor capacidade de formar biofilme em comparação com a cepa selvagem em ambos os meios. Tal interferência pode ser verificada no ensaio no qual se empregou uma população de L. monocytogenes cerca de 104 vezes menor que a de E. coli, em ambos meios de cultivo e tanto para a cepa selvagem quanto para sua mutante isogênica. O entendimento da interação desses micro-organismos poderá fornecer dados para o monitoramento de L. monocytogenes em alimentos e em plantas processadoras de gêneros alimentícios. CAPES/FAPESP 2011/18033-7.