27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1169-1


Poster (Painel)
1169-1Biodegradação dos combustíveis diesel, biodiesel, gasolina e querosene por Serratia marcescens UCP/WFCC 1549.
Autores:Montero-Rodríguez, D. (CCB - UFPE - Universidade Federal de PernambucoNPCIAMB - UNICAP - Universidade Católica de Pernambuco) ; Andrade, R.F.S. (CCB - UFPE - Universidade Federal de PernambucoNPCIAMB - UNICAP - Universidade Católica de Pernambuco) ; Ribeiro, D.L.R. (UFPE - Universidade Federal de PernambucoNPCIAMB - UNICAP - Universidade Católica de Pernambuco) ; Lima, R.A. (CCB - UFPE - Universidade Federal de PernambucoUEPB - Universidade Estadual da Paraíba) ; Araújo, H.W.C. (UEPB - Universidade Estadual da Paraíba) ; Campos-Takaki, G.M. (NPCIAMB - UNICAP - Universidade Católica de Pernambuco)

Resumo

Uma das causas globais para o aumento dos problemas de contaminação ambiental vem sendo a liberação de poluentes hidrofóbicos ao meio ambiente, como petróleo e derivados, o que torna imprescindível o desenvolvimento de tratamentos. A biorremediação é uma das estratégias usadas atualmente, na qual os micro-organismos que apresentam potencial enzimático são capazes de catabolizar os compostos contaminantes e transforma-los em substâncias inertes. Neste trabalho foi avaliado o potencial de biodegradação da bactéria Serratia marcescens UCP/WFCC 1549, usando os combustíveis óleo diesel, biodiesel de sementes de girassol, biodiesel de sementes de algodão, gasolina e querosene. S. marcescens foi aclimatada em meio sólido Luria Bertani (LB) usando diferentes concentrações de diesel (2, 4, 6, 8, 10, 12 e 15%) durante 24 horas, a temperatura de 28ºC. A cepa não aclimatada foi usada como controle. Posteriormente, as amostras aclimatadas em todas as condições testadas foram transferidas para o meio líquido LB e mantidas durante 24 horas, sob agitação orbital de 150rpm e temperatura de 28ºC. As biomassas obtidas foram centrifugadas e lavadas por duas vezes com água destilada. Suspensões de 107células/mL foram preparadas a partir dessas biomassas em água estéril e inoculadas em tubos de ensaio contendo 5mL do meio Bushnell-Haas (BH), 5µg/mL do indicador redox 2,6-diclorofenol-indofenol (DCPIP) e 50 µL dos substratos (combustíveis). As amostras foram mantidas sob agitação orbital de 200rpm, a temperatura de 28ºC durante trinta dias. O potencial de S. marcenscens em biodegradar os combustíveis foi avaliado pela mudança da coloração do meio de cultivo de azul para incolor e pela determinação da porcentagem de degradação através da leitura da densidade óptica a 610nm. Os resultados demostraram que a cepa aclimatada a 15% de diesel foi a que apresentou o maior potencial em biodegradar os combustíveis testados, obtendo valores de degradação de 79.63% (biodiesel do algodão), 65.57% (biodiesel de girassol), 60.50 (diesel), 57.20 (gasolina) e 39.26% (querosene). A cepa aclimatada nas demais concentrações de diesel degradou os dois tipos de biodiesel com porcentagens acima de 35% em todas as condições testadas, enquanto com os demais substratos as porcentagens de degradação foram inferiores a esse valor. Assim, S. marcescens UCP/WFCC 1549 apresenta-se como uma cepa promissora na biodegradação de combustíveis em processos de descontaminação ambiental.