27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1165-2


Poster (Painel)
1165-2Análise funcional de uma biblioteca metagenômica do Coral endêmico brasileiro Siderastrea stellata coletado no litoral sul da Bahia.
Autores:Quinto, C.A (UEFS - Universidade Estadual de Feira de Santana) ; Dias, J.C.T (UESC - Universidade Estadual de Santa Cruz) ; Rezende. R.P (UESC - Universidade Estadual de Santa Cruz) ; Pessoa, T.B.A. (UEFS - Universidade Estadual de Feira de Santana) ; Pereira, R.A. (UEFS - Universidade Estadual de Feira de Santana) ; Costa, M.S (UESC - Universidade Estadual de Santa Cruz) ; Assis, D.A.M. (UESC - Universidade Estadual de Santa Cruz) ; Macêdo, V.R. (UESC - Universidade Estadual de Santa Cruz)

Resumo

Os corais abrigam diversas comunidades microbianas, as quais são importantes na manutenção da saúde e ⁄ou doenças nestes organismos. Micro-organismos representam o repertório mais rico em diversidade metabólica, fisiológica e molecular na natureza, entretanto, somente uma pequena fração destes é recuperada a partir de métodos convencionais de cultivo. A metagenômica surge como uma nova estratégia que permite acessar a diversidade genética e metabólica tanto de micro-organismos cultiváveis quanto dos incultiváveis, revelando-se dessa forma uma poderosa ferramenta na busca de novos compostos de interesse biotecnológico. Neste sentido, uma biblioteca metagenômica foi construída a partir de amostra do coral endêmico brasileiro Siderastrea stellata, coletado na região de Taipu de Fora- Maraú - Ba. O DNA dos simbiontes do coral foi obtido utilizando a metodologia de extração descrita por WEGLEY et al., (2007) com adaptações. A biblioteca em vetor fosmídeo foi construída com o Kit CopyControl™ Fosmid Library Production (Epicentre) de acordo com as instruções do fabricante. Os clones obtidos foram utilizados na busca por hidrolases de interesse biotecnológico. Os clones foram testados através de triagem em meio sólido Luria-Bertani Agar acrescido de L - arabinose 0.01%, o antibiótico cloranfenicol 12,5 µg/mL e o substrato enzimático específico, sendo o leite desnatado (Molico-Nestle) a 1% utilizado no ensaio para atividade proteolítica e tributirina a 1% para atividade lipolítica. Os clones foram repicados sobre a superfície do meio específico com o auxilio de repicador de colônias (96 pinos). As culturas foram incubadas a 37ºC por 24 horas. Três mil seiscentos e quarenta e oito clones foram obtidos na biblioteca metagenômica do coral S. stellata. Estes foram testados quanto sua capacidade de produzir hidrolases. O resultado foi considerado positivo quando um halo de hidrólise era observado em torno da colônia. A partir da análise da biblioteca metagenômica, seis clones positivos para atividade proteolítica foram identificados (P7A8, P7H3, P25, P16, P09, P38). Nenhum clone apresentou atividade lipolítica em placa. Tais resultados sugerem que novas enzimas proteolíticas podem ser isoladas de biblioteca metagenômica de corais. Estas enzimas poderão ser purificadas, caracterizadas e utilizadas em processos industriais e biotecnológicos.