27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1164-1


Poster (Painel)
1164-1Atividade antifúngica de bioisósteros do resveratrol
Autores:OLIVEIRA, L.S. (UNIPAC - Universidade Presidente Antônio CarlosUFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora) ; BAPTISTA, E.B. (UFJF - Universidade Federal de Juiz de ForaUNIPAC - Universidade Presidente Antônio Carlos) ; LATALIZA, A.A.B (UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora) ; CARVALHO, G.S.G (UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora) ; SILVA, A.D (UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora) ; RAPOSO,N.R.B. (UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora)

Resumo

A inovação tecnológica na descoberta de novos fármacos é um fator diferencial na competitividade entre as indústrias farmacêuticas e uma ferramenta útil na síntese de novos ativos é a utilização do isosterismo, visando obter análogos de substâncias reconhecidamente importantes na terapêutica, mas que apresentam limitações quanto ao seu uso como medicamento. Inúmeras pesquisas apontam o resveratrol como opção ao tratamento de diversas doenças, porém vários estudos demonstram que o mesmo tem baixa biodisponibilidade. Este fato justifica a importância da busca por moléculas análogas ao resveratrol que garantam a efetividade e segurança no seu uso. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a atividade antifúngica de dois bioisósteros do resveratrol frente a quatro linhagens de fungos causadoras das principais dermatofitoses veterinárias e das onicomicoses humanas: Microsporum canis ATCC 32903, Microsporum gypseum ATCC 14683, Trichophyton rubrum CCT 5507, Trichophyton mentagrophytes ATCC 9538. Os fármacos utilizados como referência foram a terbinafina e o cetoconazol. Os análogos (bases de Schiff) foram obtidos a partir do 4-hidroxi-anilina e do ácido 4-amino-salicílico, denominados de R1 e R2, respectivamente. Foi determinada a atividade antifúngica e estabelecida a concentração inibitória mínima (CIM) e concentração fungicida mínima (CFM) empregando na avaliação o método turbidimétrico de microdiluição adaptado do documento M38-A2 do CLSI. Os resultados mostraram que ambos apresentaram atividade antifúngica para todos os dermatófitos testados. Para os análogos, temos os seguintes resultados de CIM e CFM, expressos em μg/mL, respectivamente: R1 - M. canis e T. mentagrophytes – 82 e 164; M. gypseum – 41 para ambas e T. rubrum – 82 para ambas; R2 - M. canis – 329 e 1316; M. gypseum – 82 e 658; T. mentagrophytes – 329 e > 1316 e T. rubrum – 164 e 329. A característica mais polar da estrutura do R2, caracterizada por duas hidroxilas e uma carboxila, confere-lhe mais sítios de interação por ligações de hidrogênio e uma melhor solubilidade quando comparado ao R1, cuja baixa solubilidade nos solventes empregados nos testes pode comprometer a sua utilização como fármaco. Porém, o análogo R1 demonstrou maior potencial antifúngico, sendo assim, uma alternativa além da modelagem molecular é o emprego de recursos farmacotécnicos. Agradecimentos: CAPES/PROPESQ/CNPq/FAPEMIG