27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1155-2


Poster (Painel)
1155-2Identificação molecular de Pneumocystis jirovecii em amostras fixadas em formalina e emblocadas em parafina de pacientes submetidos a transplante renal
Autores:Ricci, G. (UNINOVE - Universidade Nove de JulhoUNIFESP - Universidade Federal de São Paulo) ; Sandes-Freitas, T.V. (HR - Hospital do Rim) ; Nishikaku, A.S. (UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo) ; Soldá, M.V. (UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo) ; Silva, V.P. (UNIFESP - Universidade Federal de São PauloHR - Hospital do Rim) ; Tedesco-Silva, H. (HR - Hospital do Rim) ; Franco, M.F. (UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo) ; Colombo, A.L. (UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo) ; Medina-Pestana, J.O. (HR - Hospital do Rim)

Resumo

Introdução: Pneumocystis jirovecii é um fungo causador de infecções oportunísticas em pacientes imunocomprometidos, incluindo indivíduos HIV positivos e aqueles submetidos a transplante de órgãos sólidos. O diagnóstico precoce é fundamental para a sobrevida dos pacientes infectados, tendo em vista a grave evolução da pneumonia por este agente. O presente estudo teve como objetivo padronizar, em nosso serviço, técnica de diagnóstico molecular, em tecido, baseada em PCR e sequenciamento de DNA mitocondrial na identificação molecular de P. jirovecii. Métodos: Utilizamos 25 amostras de biópsia de pulmão fixadas em formalina 10% e emblocadas em parafina, provenientes de 15 pacientes que foram submetidos a transplante renal no Hospital do Rim-UNIFESP, São Paulo, no período de 2011 a 2012. Esses pacientes evoluíram com pneumonia cujo diagnóstico histopatológico foi de pneumocistose. Após extração do DNA com o kit comercial QIAamp DNA FFPE tissue (QIAGEN, Alemanha), foi realizada a PCR e o sequenciamento da subunidade maior do RNA ribossômico mitocondrial (mtLSU-rRNA) e as sequências nucleotídicas geradas foram comparadas às sequências depositadas nos bancos de dados genômicos. Resultados: Observamos que a extração de DNA em tecido fixado em formalina e emblocado em parafina foi satisfatória bem como as técnicas de PCR e sequenciamento cujos resultados foram positivos em todas as amostras analisadas, ao usarmos primers derivados de mtLSU-rRNA de P. jirovecii. Conclusão: Obtivemos êxito na padronização de técnica de diagnóstico molecular para a identificação de P. jirovecii em amostras clínicas obtidas a partir de material emblocado em parafina. Portanto, concluímos que esta ferramenta poderá contribuir para o diagnóstico precoce e confiável de pneumocistose em pacientes de risco para esta micose invasiva.