27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1151-1


Poster (Painel)
1151-1Avaliação do Potencial Biotecnológico do Hidrolisado Hemicelulósico de Bagaço de Maçã na Produção de Xilitol por Candida guilliermondii.
Autores:Dalanhol, K. C. F. (EEL-USP - ESCOLA DE ENGENHARIA DE LORENA - USP) ; Silva, D.D.V. da (EEL-USP - ESCOLA DE ENGENHARIA DE LORENA - USP) ; Cunha, M.A.A. da (UTFPR - UNIVERSIDADE TECNOLOGICA FEDERAL DO PARANA) ; Felipe, M.G.A (EEL-USP - ESCOLA DE ENGENHARIA DE LORENA - USP)

Resumo

A incorporação do conceito de desenvolvimento sustentável por empresas agrárias e a preocupação geral da comunidade cientifica em dar destinos alternativos aos resíduos agroindustriais vem justificando muitas das pesquisas no campo biotecnológico. Um desses resíduos é o bagaço de maçã oriundo da prensagem do fruto no processo de produção de suco. Tal biomassa é composta por cascas, polpa, talos e sementes. Representa cerca de 30% da produção anual de maçã no Brasil e tem como alternativa de aproveitamento a produção de ração animal ou adubação orgânica. O bagaço de maça é rico em carboidratos como xilose, glicose e arabinose, sendo a xilose substrato para a produção de xilitol, um adoçante anticariogênico com várias aplicações clinicas e industrialmente obtido de biomassa vegetal por via química. A obtenção do xilitol por via biotecnológica tem sido amplamente investigada a partir de diferentes materiais lignocelulósicos. Assim, buscando o aproveitamento do bagaço de maçã aliado a capacidade da Candida guilliermondii em produzir xilitol, o presente trabalho avaliou o hidrolisado hemicelulósico de bagaço de maçã (glicose 20,63g/L; xilose 27,75g/L; arabinose 17,26g/L e ácido acético 1,91g/L) como meio de cultivo para esta levedura. Este foi destoxificado com carvão vegetal ativo, para a remoção de compostos tóxicos gerados durante o processo de hidrólise ácida e teve seu pH ajustado para 5,5 e suplementado(g/L) com farelo de arroz (20); CaCl2.2H2O (0,1); (NH4)2SO4 (2,0). As fermentações foram realizadas em frasco Erlenmeyer (125mL) em shaker rotatório 200rpm a 30ᵒC e concentração inicial de inóculo 1g/L. Análises por cromatografia liquida foram realizadas periodicamente quanto as concentrações de xilose, glicose, arabinose, xilitol, etanol e glicerol enquanto o crescimento celular foi determinado por espectrofotometria. De acordo com os resultados observou-se a capacidade da levedura em consumir os açúcares simultaneamente sendo observado o consumo de 100, 86,59 e 44,35% de glicose, xilose e arabinose respectivamente. Ao final das 96 horas a concentração celular foi de 11,48g/L, verificando-se a formação de xilitol (9,35g/L) e ausência dos subprodutos etanol e glicerol. Novos experimentos estão sendo realizados buscando a adequação de condições experimentais para a melhoria do desempenho da levedura neste resíduo.