27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1146-1


Poster (Painel)
1146-1CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA DOS METABÓLITOS DE Solanum seaforthianum FUNGITÓXICOS AO FITOPATÓGENO Moniliophthora perniciosa
Autores:Rocha, F. (ESALQ/USP - Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”) ; Corrêa, J.A.M. (ESALQ/USP - Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”) ; Gomes, L.H. (ESALQ/USP - Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”) ; Lira, S.P. (ESALQ/USP - Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”)

Resumo

O fungo fitopatógeno Moniliophthora perniciosa, responsável pela doença vassoura-de-bruxa no cacaueiro, reduziu drasticamente a produtividade de frutos de cacau nas Américas. Os métodos atuais de controle desta doença são onerosos ou apresentam algum risco ao ecossistema, principalmente o controle químico, que carece de maior diversidade de compostos eficazes. A biodiversidade florística brasileira é considerada uma fonte promissora na busca de compostos naturais de interesse agronômico. Por meio deste trabalho objetiva-se caracterizar quimicamente os metabólitos secundários produzidos pela solanácea Solanum seaforthianum (Trepadeira-doce-amarga) que apresentem atividade antifúngica à M. perniciosa. Para tanto, folhas de S. seaforthianum coletadas em campo foram utilizadas na obtenção de um extrato bruto aquoso, o qual foi particionado com n-butanol. A fração n-butanólica foi seca, ressuspendida em metanol e particionada com hexano. A fração metanólica, por ter apresentado bioatividade, foi fracionada por meio de cromatografia em permeação em gel de Sephadex® LH-20. Desta, as frações que se mostraram bioativas foram fracionadas por cromatografia em coluna do tipo Sep-Pak C18. As frações bioativas resultantes foram analisadas por espectrometria de massa e apresentaram o composto de relação massa/carga (m/z) 1071,6 em comum e a análise em cromatografia em camada delgada evidenciou a presença de compostos da classe dos terpenóides. No entanto, a identidade deste metabólito não pode ser estabelecida com base em bancos de dados e busca na literatura, possivelmente por ser tratar de um composto inédito. Estudos adicionais serão necessários para purificação do composto bioativo, elucidação estrutural por métodos espectroscópicos e comprovação da bioatividade do composto puro. Com base nestes dados, chega-se a conclusão de que em S. seaforthianum há um composto de atividade antifúngica promissora contra M. perniciosa.