27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1145-2


Poster (Painel)
1145-2Efeito do óleo essencial de Louro (Laurus nobilis), na produção de biofilme em cepas de Staphylococcus aureus, isolados de leite de vacas com mastite subclínica.
Autores:Budri, P.E. (UNESP - Universidade Estadual Paulista) ; Rall, V.L.M. (UNESP - Universidade Estadual Paulista) ; Silva, N.C.C. (UNESP - Universidade Estadual Paulista) ; FERNANDES JÚNIOR, A. (UNESP - Universidade Estadual Paulista) ; Castilho, I.G. (UNESP - Universidade Estadual Paulista) ; Zanutto, M.R. (UNESP - Universidade Estadual Paulista) ; ARAÚJO Jr, J. P. (UNESP - Universidade Estadual Paulista)

Resumo

A produção de biofilmes por Staphylococcus aureus constitui um importante fator de virulência e contaminação desse micro-organismo, envolvendo a adesão da bactéria em superfícies sólidas. Com isso, tem-se investido em programas de desinfecção para a eliminação do risco de contaminação dos produtos alimentícios por micro-organismos aderidos em superfícies e equipamentos industriais. Desta forma, a pesquisa por novos desinfetantes tornou-se uma área em crescente expansão e os óleos essenciais (OEs) de condimentos aromáticos ou de plantas medicinais, potentes agentes antibacterianos naturais, estão sendo testados quanto à sua atividade sobre biofilmes. Com isso o trabalho objetivou comparar a capacidade de produção de biofilme de 26 cepas de S. aureus, previamente isoladas de amostras de leite de vacas com mastite subclínica, na presença e na ausência do óleo essencial de Louro. Para seleção de cepas, foi utilizada a técnica de PCR, para detecção de alguns genes envolvidos na produção de biofilme icaA, icaD e bap. Somente cepas positivas para qualquer um desses genes foram utilizadas no experimento. A extração do OE de Louro foi feita por arraste de vapor em destilador (modelo MA480 - Marconi). Para o teste de produção de biofilme em microplaca as cepas foram incubadas em BHI acrescido de Tween 80 a 37ºC/24h, sendo, a seguir, diluída a 108 UFC (escala 0,5 de MacFarland) e plaqueada uma alíquota de 200 μl, em microplaca de 96 poços e incubadas por 48h. Da mesma forma foi feita para análise da ação antibiofilme do OE de Louro, entretanto foi adicionada uma dose subletal de 0,455 mg.ml-1 em cada poço. A leitura das placas foi realizada em um leitor de ELISA (Babsystems, MultiSkan EX), com leitura a 570 nm. Os dados foram submetidos a análise de variância inteiramente ao acaso, seguido do teste de Tukey. O OE de louro se mostrou efetivo e reduziu em 50,38% a produção de biofilme. Os resultados demonstraram que esse composto natural apresenta forte atividade antibiofilme, mesmo em pequenas concentrações, corroborando com estudos da área. Baseado nisso podemos inferir que o OE de Louro é um potente agente contra biofilme de S. aureus, podendo ser utilizado na desinfecção de plantas de processamento de alimentos, com o intuito de inibir a formação de biofilme, principalmente em equipamentos de difícil higienização.