27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1131-1


Poster (Painel)
1131-1ATIVIDADE FUNGITÓXICA DE EXTRATOS DE PLANTAS DA CAATINGA A Aspergillus niger, AGENTE CAUSAL DA PODRIDÃO VERMELHA DO SISAL
Autores:Lima, J. S. (UFRB - Universidade Federal do Recôncavo da Bahia) ; Damasceno, C. L. (UFRB - Universidade Federal do Recôncavo da Bahia) ; SOARES, A. C. F. (UFRB - Universidade Federal do Recôncavo da Bahia) ; Barros, P. N. (UFAL - Universidade Federal de Alagoas) ; Gonzalez, S. D. P. (UFRB - Universidade Federal do Recôncavo da Bahia)

Resumo

A podridão vermelha causada pelo fungo Aspergillus niger é considerada a doença mais devastadora do sisal. No entanto, ainda não existe um mecanismo de controle eficaz para esta doença. Na busca de alternativas menos agressivas, extratos de plantas têm sido utilizados com sucesso no controle de fungos fitopatogênicos. Assim, este trabalho teve como objetivo avaliar in vitro o efeito fungitóxico de angico (Anadenanthera colubrina), jurema preta (Mimosa tenuiflora), alecrim do campo (Lippia origanoides) e aroeira (Myracodruon urundeuva) sobre o crescimento micelial do fungo A. niger. Os extratos etanólicos, foram adicionados ao meio BDA fundente (45ºC), de modo a obter as concentrações de 625, 1250, 2500 e 5000 ppm, placas contendo somente BDA serviram de controle. A partir de colônias com sete dias de idade, crescidas em meio BDA, foi feita uma suspensão de esporos de A. niger em solução de ágar-água (1%), em seguida uma alíquota de 10 μL dessa suspensão foi adicionada no centro de cada placa. As avaliações dos extratos consistiram em medições do diâmetro do crescimento micelial (cm) em dois sentidos, perpendicularmente opostos, iniciada 48 horas após a instalação do experimento. O delineamento utilizado foi inteiramente casualizado, em esquema fatorial 4 x 4 (quatro extratos x , com 5 repetições. Os dados obtidos foram transformados em √x + 1, e submetidos à análise de variância, sendo as comparações entre as médias feitas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade e para as concentrações análise de regressão. Os dados da análise de variância revelaram interação significativa entre os fatores, vegetais x concentrações, sendo observado que os extratos de alecrim, angico, aroeira e jurema são iguais estatisticamente nas concentrações de 625, 1250, 2500 ppm, no entanto a maior concentração (5000 ppm) do extrato de alecrim promoveu a maior redução do crescimento micelial de A. niger. Este extrato proporcionou ainda uma redução linear sobre o diâmetro da colônia do fungo, com o aumento das concentrações utilizadas. Com a obtenção destes resultados preliminares, pode-se inferir que o extrato de alecrim possui alguma substância capaz de inibir o crescimento vegetativo, ou seja, a formação de hifas que originam o desenvolvimento do micélio, etapa essencial para o processo que originará o ciclo reprodutivo do patógeno.