27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1113-2


Poster (Painel)
1113-2Avaliação da resistência à ciprofloxacina de cepas de Escherichia coli e Klebsiella ozaenae isoladas de infecções do trato urinário, em pacientes do município de Parnaíba, Piauí.
Autores:Rios, V.M. (UFPI - Universidade Federal do Piauí) ; Nobre, M.L.M. (UFPI - Universidade Federal do PiauíLAB BIOANÁLISES - Laboratório Bioanálises de Teresina, PI) ; Baia, E.T.C. (LAB. SHECAP - Laboratório Shecap de Teresina, PI) ; Aluquerque, W.F. (UFPI - Universidade Federal do Piauí) ; Soares, M.J.S. (UFPI - Universidade Federal do Piauí)

Resumo

As infecções do trato urinário (ITU) são doenças muito frequentes na população mundial, correspondendo à segunda causa mais comum das enfermidades na prática médica. Devido as graves consequências que as ITU podem provocar, tais como: pielonefrites, prostatites e risco de morte, em decorrência de septicemias, a terapia medicamentosa empírica é iniciada antes do término dos testes microbiológicos. Portanto, os conhecimentos a respeito dos principais patógenos envolvidos e os perfis de susceptibilidade aos antimicrobianos destes micro-organismos são fatores determinantes para o sucesso desta terapia, e que podem diferir entre as diversas regiões pesquisadas. As fluoroquinolonas têm sido amplamente prescritas na clínica ambulatorial para diversas infecções e entre estas as ITU e desde que a resistência a este fármaco tem aumentado faz-se importante monitorar a frequência da susceptibilidade a esta droga. O presente trabalho avaliou a resistência à ciprofloxacina de bactérias envolvidas em casos de ITU de pacientes do município de Parnaíba, Piauí. Dados relativos aos resultados de uroculturas e antibiogramas, no período de janeiro de 2010 a julho de 2012, foram avaliados. Foram analisados laudos de 1.188 uroculturas, sendo 879 negativas e 309 positivas. Em relação aos micro-organismos mais isolados, a Escherichia coli demonstrou a maior prevalência (64,07%), seguida de Klebsiella ozaenae (8,41%), Proteus mirabilis (8,41%), Enterococcus sp. (8,09%), Staphylococcus saprophyticus (4,53%) e Klebsiella oxytoca (3,23%). Neste estudo, a E. coli e a K. ozaenae apresentaram as maiores frequências de resistência à ciprofloxacina entre as bactérias isoladas (36,9% e 30,8%, respectivamente). Este resultado se torna importante, uma vez que a literatura preconiza que em áreas onde a resistência local for superior a 20,0% a terapêutica empírica com esse antibiótico não é recomendada. Tal constatação além de inviabilizar este tipo de terapia, com esta droga, demonstra que para estes casos a prescrição pode ter sido ineficaz. Os dados obtidos corroboram a importância da realização de pesquisas epidemiológicas que avaliem a frequência de resistência antibiótica, a fim de nortear o tratamento, através de protocolos terapêuticos adequados e a profilaxia das ITU.

Apoio: UFPI, FAPEPI

Palavras-chave: antibióticos, bactérias, infecção.