27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1110-1


Poster (Painel)
1110-1Prevalência, resistência e patogenicidade de Staphylococcus aureus isolados em crianças saudáveis em creches de Vitória da Conquista (BA.
Autores:Carvalho, S.P. (UESC - Universidade Estadual de Santa Cruz) ; Bomfim, J.O. (UESC - Universidade Estadual de Santa Cruz) ; Marques, L.M. (UFBA - Universidade Federal da Bahia) ; Oliveira, M.V. (UFBA - Universidade Federal da Bahia) ; Timenetsky, J. (USP - Universidade de São Paulo)

Resumo

No Brasil, o estudo de linhagens Staphylococcus aureus resistentes à meticilina (MRSA) tem se mostrado bastante amplo principalmente devido à sua importância nas infecções causadas por estes patógenos no sistema hospitalar do país. Entretanto várias publicações confirmam que infecções por linhagens MRSA comunidade-adquiridas (CA MRSA) estão aumentando, tanto nas áreas urbanas como em zonas rurais. Apesar da importância destes fatos, o papel preciso do transporte nasal de MRSA em pessoas saudáveis no ambiente comunitário ainda não é elucidado. Sendo assim o presente estudo teve como objetivo identificar a prevalência, o perfil de resistência a antibióticos caracterização genotípica e patogenicidade dos estafilococos isolados em crianças matriculadas em creches municipais de Vitória da Conquista- BA. Foram coletadas 148 amostras de swab nasal de crianças que frequentam as creches municipais de Vitória da Conquista – BA, as quais foram avaliadas quanto a presença de S. aureus, resistência a oxacilina e vancomicina, expressão do gene mecA e genes de virulência em PCR e produção de biofilme. Foram isoladas 70 cepas de S. aureus, mostrando assim que 47,3 % das crianças que participaram da pesquisa estavam colonizados por esse micro-organismo. Após teste de sensibilidade aos antimicrobianos oxacilina e vancomicina, verificou-se que 18 (25,71%) dessas cepas foram resistentes a oxacilina (MIC ≥ 4μg/ml) e uma (1,43%) apresentou resistência a vancomicina (MIC ≥ 6μg/ml). A resistência a vancomicina também foi observado no Etest®, mas serão necessário estudo adicionais para confirmar esta resistência. Todas as estirpes resistentes a oxacilina expressaram o gene mecA, caracterizadas genotipicamente por meio da cadeia de reação da polimerase (PCR). Em relação à produção de biofilme, 45 (64,28%) das cepas foram classificadas como fortemente produtoras e 4 (5,71 %) foram fracamente produtoras. Além disso, foi realizado PCR para os genes de virulência: sea, seb, sec, spa, pvl e clfA. Destes, apenas o sec e pvl tiveram foram positivas em apenas 1 (1,43%), e 3 (4,28%) isolados, respectivamente. Com o presente estudo espera-se contribuir com dados para o sistema de vigilância podendo determinar a dimensão desse problema emergente a fim de estabelecer educação apropriada e medidas de controle de infecção e transmissão para hospedeiros susceptíveis. is.