27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1099-1


Poster (Painel)
1099-1INFLUÊNCIA DA MANIPUIERA NA PRODUÇÃO DE BIOEMULSIFICANTE POR SERRATIA MARCESCENS UCP 1549
Autores:Salgado, P.J. (UEPB - Universidade Estadual da Paraíba) ; Alves, T. S. (UEPB - Universidade Estadual da Paraíba) ; Fontenele, R.A. (UNICAP - Universidade Católica de Pernambuco) ; Almeida, M.M. (UEPB - Universidade Estadual da Paraíba) ; Campos-Takaki, G.M. (UNICAP - Universidade Católica de Pernambuco) ; Araújo, H.W.C. (UEPB - Universidade Estadual da Paraíba)

Resumo

Com o crescimento da indústria, há uma tendência em aumentar a poluição devido aos efluentes gerados por esta, aos quais incluem o petróleo e seus derivados, favorecendo o aumento dos resíduos oleosos emitidos. Assim, os estudos dos micro-organismos capazes de remediar estes impactos está crescente, pois estes não são tóxicos e são biodegradáveis. Os biossurfactantes constituem uma das principais classes de surfactantes naturais produzidos por micro-organismos, classificados de acordo com sua composição química ou origem microbiológica. No presente trabalho, analisamos a capacidade de emulsificação do biossurfactante produzido pela bactéria Serratia marcescensUCP 1549 em meio contendo, manipueira( rejeito agroindustrial), glicose e substratos hidrofóbicos (óleo de soja pós-fritura, de coco e dendê). A bactéria foi obtida junto ao Banco de Culturas do Núcleo de Pesquisas em Ciências Ambientais da Universidade Católica de Pernambuco. De acordo com o planejamento fatorial de 23 proposto, os meios foram formulados e utilizados para a produção do biossurfactante e incubados à 28ºC a 155rpm por 72h. O biossurfactante produzido foi avaliado pelas medidas de tensão superficial, índice e atividade de emulsificação. Os melhores resultados para índice de emulsificação obteve valores entre 87,5 a 100% e a atividade de emulsificação apresentou variação entre 1,8 a 5,0 UEA na utilização do óleo de soja pós-fritura e côco, respectivamente. A redução da tensão superficial foi de 70mN/m da água para 27,7 mN/m utilizando óleo de soja pós-fritura como substrato. Os resultados indicam que a bactéria Serratia marcescens UCP 1549 foi capaz de produzir um biossurfactante em baixo custo com capacidades emulsificantes e tensioativas nas condições estudadas com elevado potencial biotecnológico para aplicação deste na descontaminação ambiental.