27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1098-2


Poster (Painel)
1098-2ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DO VETOR DA DENGUE EM DIVINÓPOLIS, MG, VERSUS DADOS OBTIDOS COM O LEVANTAMENTO DE ÍNDICE RÁPIDO DE Aedes aegypti
Autores: SOUZA, J. de P. (UFSJ - Universidade Federal de São João Del Rei) ; TARANTO, M. F. R (UFSJ - Universidade Federal de São João Del Rei) ; SANTOS, M. (UFSJ - Universidade Federal de São João Del Rei) ; ANDRADE, A. C. S. P. (UFSJ - Universidade Federal de São João Del Rei) ; Camargos, V. N. (UFSJ - Universidade Federal de São João Del Rei) ; Miranda, V.C (UFSJ - Universidade Federal de São João Del Rei) ; ALVES, S. N (UFSJ - Universidade Federal de São João Del Rei) ; SANTOS, L. L. Dos (UFSJ - Universidade Federal de São João Del Rei) ; KROON, E.G (UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais) ; FIGUEIREDO, L.B. (UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais) ; FERREIRA, J. M. S (UFSJ - Universidade Federal de São João Del Rei)

Resumo

A dengue é um grave problema de saúde pública, causada por um arbovírus da família Flaviviridae que apresenta quatro sorotipos: DENV-1, 2, 3 e 4. Divinópolis é uma cidade mineira que apresenta um elevado número de casos da doença. Nos períodos de 2010 e 2013, apresentou epidemias com 5035 e 6015 casos notificados, respectivamente. Assim, o objetivo deste trabalho foi estimar o tamanho da população dos vetores da dengue em Divinópolis, MG, e comparar com os dados obtidos pelo Levantamento de Índice Rápido de Aedes aegypti (LIRAa). Enquanto o LIRAa faz buscas por focos do mosquito em criadouros já existentes na cidade em quatro épocas diferentes do ano (janeiro, março, junho e outubro), o presente trabalho realizou a confecção de armadilhas do tipo ovitrampas para a coleta de ovos no mesmo período. Estas foram instaladas em 44 pontos específicos distribuídos em seis regiões da cidade, denominadas Norte, Nordeste, Sudeste, Sudoeste, Oeste e Central. As ovitrampas continham três palhetas de madeira, água e 50mL de uma infusão da gramínea Panicus maximum. As armadilhas foram coletadas após sete dias da sua instalação e os ovos foram contados. As coletas foram realizadas simultaneamente às buscas de focos pelo LIRAa, e os resultados foram analisados e comparados. Em janeiro, na região Nordeste, foram coletados 847 ovos e 65 focos foram obtidos pelo LIRAa, sendo considerados os maiores valores. Estes resultados eram esperados devido às condições climáticas favoráveis à reprodução e desenvolvimento do mosquito. A precipitação e temperatura média foram de 13,4 mm e 23ºC, respectivamente. Nos meses de junho/2011 e outubro/2011, ao somar os ovos e focos observados em todas as regiões da cidade, foram obtidos os menores valores por ambas as metodologias. Isto também pode ser justificado pelas condições climáticas do período do ano, representadas por baixas temperaturas (média de 17,2ºC) e pluviosidade reduzida (precipitação média igual a 0,7 mm). Sendo assim, foi possível observar uma correlação entre os dados obtidos de ambas as metodologias, apresentando ovos e focos com a mesma intensidade quando comparados a mesma região e o mesmo período. Por fim, este trabalho fornece contribuições para os estudos epidemiológicos da dengue e alerta para a intensificação das ações preventivas e educativas, principalmente nas regiões de alta incidência do vetor.