27º Congresso Brasileiro de Microbiologia
Resumo:1098-1


Poster (Painel)
1098-1AVALIAÇÃO in vitro DA ATIVIDADE ANTIBACTERIANA DE EXTRATO AQUOSO DA ESPÉCIE VEGETAL Bowdichia virgilioides Kunth
Autores:ASSIS, I. B (UFSJ - Universidade Federal de São João Del Rei) ; Miranda, V.C (UFSJ - Universidade Federal de São João Del Rei) ; PEREIRA, F. P (UFSJ - Universidade Federal de São João Del Rei) ; ALEIXO, A. A (UFSJ - Universidade Federal de São João Del Rei) ; BARRETO, E.O (UFAL - Universidade Federal de Alagoas) ; FERREIRA, J. M. S (UFSJ - Universidade Federal de São João Del Rei) ; ROCHA, E.M.M (UFSJ - Universidade Federal de São João Del Rei)

Resumo

Comumente conhecida como Sucupira Preta, a espécie vegetal Bowdichia virgilioides é empregada popularmente, na forma de infusões, para o tratamento da dor, reumatismo, diabetes e inflamações. No entanto, existem poucos estudos sobre sua atividade biológica frente a bactérias. Isto aliado a crescente evolução da resistência de patógenos aos antimicrobianos disponíveis, tem aumentado o interesse pela busca de novas alternativas de tratamento a partir de fontes naturais. O objetivo do presente trabalho foi investigar a atividade antibacteriana in vitro do extrato aquoso da casca de B. virgilioides (EABv). A avaliação do potencial antimicrobiano foi realizada pela técnica de microdiluição em caldo frente a quatro bactérias Gram-positivas (Staphylococcus epidermidis ATCC 12228, Staphylococcus aureus ATCC 29215, Staphylococcus saprophyticus ATCC 15305, Streptococcus mutans ATCC 25175) e quatro espécies Gram-negativas (Klebsiella pneumoniae ATCC 4352, Escherichia coli ATCC 25922, Pseudomonas aeruginosa ATCC 25619, Salmonella typhi ATCC 19430). Foi determinada a Concentração Inibitória Mínima (CIM) da amostra, ou seja, a concentração capaz de inibir 80% ou mais do crescimento microbiano. Para cálculo da Concentração Bactericida Mínima (CBM) foi estabelecida a menor concentração do extrato que resultou no crescimento de até 0,1% do inóculo inicial. Para os ensaios, o extrato foi diluído em água destilada e testado em triplicata nas concentrações de 2 a 0,125mg/mL. O crescimento das bactérias Gram-positivas foi inibido pelo EABv, sendo a CIM para S. aureus igual a 0,250mg⁄mL, para S. epidermidis e S. saprophyticus CIM de 0,5mg⁄mL, e para S. mutans CIM de 1mg⁄mL. As bactérias Gram-negativas, P. aeruginosa e S. typhi não tiveram inibição do seu crescimento e a K. pneumoniae e E. coli apresentaram CIM de 1mg⁄mL e 2mg⁄mL, respectivamente. Somente S. epidermidis e S. mutans apresentaram atividade bactericida, ambas na maior concentração estudada. Bactérias Gram-positivas foram mais sensíveis frente ao EABv. Isto pode ser explicado pelo fato das bactérias Gram-negativas possuírem uma membrana exterior que funciona como uma barreira seletiva. A sensibilidade de todas as bactérias Gram-positivas foi considerada promissora (CIM≤1mg⁄mL), tornando B. virgilioides uma opção em potencial para a prospecção de novas moléculas com propriedades antibióticas.